segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Crescimento das igrejas: três armadilhas


Os riscos dessa expansão são invisíveis, mas muito grandes
Para mim não é fácil escrever um artigo sobre os perigos do crescimento das igrejas. Primeiro, porque nunca fui pastor de uma igreja numerosa. Não sei o que isso significa. Segundo, porque a realidade que envolve o crescimento de uma igreja é sempre muito complexa. Espera-se que uma igreja saudável – que ensina a Palavra de Deus, evangeliza e faz discípulos de Cristo ¬– cresça numericamente.
Porém, a saúde e a fidelidade de uma igreja podem levá-la a crescer e ser relevante, bem como a sofrer e ser marginalizada. No entanto, como o crescimento e a visibilidade das igrejas despertam grande interesse e o status decorrente é muito sedutor – o que não acontece quando o que está em jogo é o sofrimento, a marginalidade e o martírio –, gostaria de refletir sobre os riscos, ou quem sabe, sobre os ídolos, que o crescimento numérico das igrejas pode apresentar.
A preocupação com o crescimento da igreja é legítima e necessária. Sempre foi. O desafio dessa expansão envolve afirmar a prioridade da missão, a centralidade do evangelho, a necessidade de falar para os de fora, bem como o esforço para ser relevante no contexto social e cultural, no estabelecimento de alvos objetivos, na importância de estratégias e no uso correto das ferramentas sociais e tecnológicas.
Embora esta preocupação com o crescimento seja percebida em toda a história cristã, as mudanças sociais das últimas décadas trouxeram novas realidades, que precisam ser analisadas criticamente. Há três décadas, a preocupação dos evangélicos era com a missão integral e a luta por transformação política e social. A preocupação hoje é com a igreja local, seu crescimento, e sua presença na sociedade. Antes o foco estava na esfera pública; agora, na esfera privada da vida comunitária. Antes a palavra de ordem era "revolução", hoje é "relevância".
A busca por uma igreja relevante abre portas para um novo mundo, trazendo novos desafios e possibilidades. Por outro lado, abre brechas para o risco de a igreja se comprometer, muitas vezes sem perceber, com o espírito desta era. Modernizar e inovar não são um problema em si. Porém, é preciso olhar criticamente para a forma como se faz a busca por relevância e de que maneira se lança mão dos recursos modernos de crescimento. É necessário discernir os riscos que tais ações representam para o futuro do cristianismo.
A expressão "crescimento" pode ser compreendida em termos quantitativos (número de membros, orçamento, projetos) e qualitativo (maturidade, caráter, profundidade). Ambos são importantes, e um não exclui, necessariamente, o outro. No entanto, o crescimento quantitativo nem sempre promove um crescimento qualitativo, mas sempre desperta um fascínio em função da visibilidade e do prestígio que uma grande igreja proporciona para seus líderes e membros. É aqui que enfrentamos um grave risco: o de se construir a casa (igreja) sobre a areia e não sobre a rocha, segundo a parábola de Jesus.

CARACTERÍSTICAS DAS IGREJAS QUE CRESCEM

As igrejas que mais crescem possuem, pelo menos, três características comuns: uso intenso de modernas ferramentas tecnológicas, forte liderança pessoal e uma poderosa marca institucional. É claro que existem outras características, mas quero me deter nestas três e refletir sobre os riscos que elas representam para o futuro da igreja.
A revolução tecnológica da segunda metade do século 20 e deste início de século 21 mudou o cenário religioso. A busca pela excelência funcional e por uma comunicação eficiente ocupa o topo das prioridades de muitas igrejas. Possuímos tecnologia para um bom planejamento estratégico, música de excelente qualidade, projetos de crescimento eficientes.
O problema é que a tecnologia tem o poder de substituir aquilo que Deus faz por aquilo que é feito pelo homem. Vivemos o risco de um perigo semelhante ao que Paulo percebeu na igreja de Éfeso, cujos crentes, segundo o apóstolo, tinham aparência de piedade e no entanto lhe negavam o poder. Ter uma boa música, não nos torna, necessariamente, adoradores. Um bom planejamento estratégico não tem o poder de transformar mentes e corações. Projetos eficientes não fazem de nós verdadeiros discípulos de Cristo.
Igreja bem estruturada não é sinônimo de comunhão. A crítica à Igreja de Laodicéia é de que ela era rica e abastada e não precisava de coisa alguma. Inclusive de Deus. A tecnologia vem se tornando um substituto para a fé. Mas essa eficiência não substitui o poder transformador do evangelho. Precisamos perguntar: é possível discernir o que Deus está fazendo? O primeiro risco que a igreja enfrenta hoje é o da negação de Deus. Não a negação de sua existência, mas do seu poder.
Uma segunda característica comum é a forte liderança pessoal. A liderança forte, bem como a tecnologia, em si, não constitui um problema. O risco está naquilo que nem sempre é percebido. Se a tecnologia traz o risco de uma igreja sem Deus, a liderança forte traz o risco de uma igreja sem netos ou bisnetos. Hoje, o que mais atrai os fiéis a uma igreja, além de sua funcionalidade, é o carisma de seu líder.
Ao ser perguntado pela igreja que frequenta, a resposta mais comum é "a igreja de fulano de tal". Essa liderança confere uma posição de destaque ao membro desta igreja. A pergunta é: igrejas assim sobreviverão à uma segunda ou terceira geração? Sobreviverão depois que seus grandes líderes saírem de cena? Sabemos que algumas megaigrejas na América do Norte entraram em rápido declínio na segunda geração de líderes.
O velho problema da igreja de Corinto se repete: uns são de Paulo, outros de Apolo, outros de Pedro e alguns chegam a dizer que são de Cristo. O personalismo intensifica o narcisismo, que muda o objeto da adoração. Tanto na política como na igreja, a figura forte de um líder compromete o futuro. Vive-se um apogeu glorioso seguido por um rápido vazio e declínio.
A terceira característica é a forte marca institucional, que a torna atraente. Aqui vejo dois perigos. O primeiro diz respeito à busca por relevância. Porém, o que precisa ser relevante, a igreja (instituição) ou o evangelho de Cristo? É possível ser relevante e, ao mesmo tempo, comprometido com a verdade? Sem o evangelho e sem a verdade, qualquer esforço para ser relevante se mostrará, cedo ou tarde, totalmente irrelevante. A imagem que Paulo usa é a do tesouro em vasos de barro.
Não é o evangelho de Cristo que desperta o interesse de muitos para a igreja hoje, mas a própria igreja com seus métodos, programas, música e tecnologia. Isso não é necessariamente ruim. Nem sempre as pessoas serão atraídas pelos motivos mais nobres. O problema é que o vaso vai se transformando não só na porta de entrada, mas num fim em si mesmo. Quanto mais atenção se dá ao vaso, menor valor terá o evangelho.
O outro perigo é a perda da consciência de ser povo de Deus, Corpo de Jesus Cristo. Algumas igrejas que crescem rapidamente atraem uma quantidade considerável de cristãos frustrados com suas igrejas de origem, que ali chegam como a última alternativa institucional de sua jornada cristã. Envolvem-se com paixão, adquirindo uma forte identidade com aquele grupo em particular. O problema é que não são mais capazes de se verem como parte do povo de Deus em uma determinada região ou cidade, mas apenas como povo de Deus de uma igreja particular. É a negação do "povo de Deus" e a afirmação perigosa de uma elite religiosa superior.

CUIDADOS NO CRESCIMENTO

O desafio do movimento moderno de crescimento de igrejas requer alguns cuidados. O primeiro é o de preservar Deus como Deus na igreja. A tecnologia pode nos ajudar em muitas coisas, mas não transforma o coração e a mente caída do ser humano. Só seremos relevantes enquanto permanecermos envolvidos pelo que é eterno. Podemos usar os recursos modernos, mas precisamos nos assegurar que o que virá pela frente serão vidas transformadas pelo poder do evangelho de Jesus Cristo e não consumidores de programas e entretenimento religiosos.
O segundo cuidado é reconhecer a virtude da humildade. O testemunho de João Batista era: convém que ele cresça e que eu diminua. Este deve ser o espírito de qualquer líder. Jesus advertiu seus discípulos em relação ao risco do poder quando disse que entre os grandes e poderosos deste mundo, o maior manda nos menores. No entanto, disse ele, entre vocês não será assim. Quando a admiração por um líder diminui a devoção a Cristo, é sinal de que o espírito desta era já nos capturou.
O terceiro cuidado é compreender que fomos batizados num corpo. Somos o povo de propriedade exclusiva de Deus. Adoramos a Deus em uma comunidade local – grande ou pequena –, mas o Deus que adoramos fez uma aliança com seu povo do qual somos parte. O precioso tesouro foi confiado a um vaso de barro. Seja este vaso grande e inovador, ou pequeno e discreto, o que importa é o tesouro confiado a ele, sempre. Se a relevância pertencer ao vaso, o tesouro será negado à humanidade. É o Corpo de Cristo, todo ele, que revela a glória do cabeça da Igreja.
Os riscos do crescimento são invisíveis, mas muito grandes. Construir uma casa sobre a areia sempre foi uma opção atraente e sedutora. Mas formar discípulos fiéis e obedientes de Jesus Cristo, ensiná-los a guardarem seus mandamentos e obedecê-los, integrá-los em uma comunidade de adoração e serviço sacrificial, sempre foi uma tarefa difícil, lenta e trabalhosa.
Porém, quando vierem as tempestades e os vendavais testando o valor da fé, esta igreja, edificada sobre a rocha, testemunhará a glória da verdade redentora de Jesus Cristo.

Escrito por Ricardo Barbosa de Sousa
No Blog Cristianismo Hoje
Por Wilmar Antunes

domingo, 20 de novembro de 2016

Estudo Bíblico Adoração e Adoradores


“Um fariseu lhe ofereceu um jantar. E uma mulher da cidade, uma pecadora, levou um vaso de alabastro com ungüento. E estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o ungüento” Lucas 7.37-38

Introdução: Meus amados, o assunto adoração é um tema que por todos é discorrido ou comentado, e ainda que muitos digam, eu não faço isto (adoro) é porque só conhece uma definição de adoração, mas, para se definir adoração de forma correta precisaremos das paginas Sagradas da Bíblia, pois, a minha idéia ou próprio conceito do que é adoração, não pode ser medida ou comparada com a revelação das palavras de Deus. Através do dicionário encontramos a primeira definição de adoração o qual é: Prestar culto; e a segunda é: Amor profundo, esta segunda definição se encaixa com a adoração exigida por Deus em suas palavras, pois, o amor profundo de alguém por uma pessoa, por coisas e objetos e para que possamos adorá-lo de forma perfeita devemos ter por Ele um profundo amor. E para podermos identificar a diferença de adoração aceita e adoração não aceita por Deus Jesus; o servo de Deus São Lucas deixou registrado no capitulo 7 v 36-50, o momento que Simão um fariseu adorou ao Senhor Jesus e o momento que uma mulher pecadora também o adorou.

• FALEMOS DE SIMÃO
Simão era um homem religioso que por sua fez pertencia ao grupo denominado de fariseus, grupo este que seguia rigorosamente as Leis de Moisés servo do Senhor e também as tradições de seus antepassados e como a maioria dos fariseus possivelmente era rico.

• COMO SIMÃO PROPÔS A ADORAR AO SENHOR JESUS? Lucas cap 7 v 36


“Convidou Jesus para jantar”

Comentário: Pode se dizer que convidar o Senhor Jesus para jantar, foi um pequeno investimento para Simão diante de tudo aquilo que aprenderia ao ouvir as sabia palavras do Mestre, de poder velo fazer milagres em sua frente (grifo meu). Também é possível concluir no texto sagrado que esta foi a adoração de Simão ao Senhor Jesus e nada mais é mencionado daquilo que ele fez ao Senhor Jesus, pelo contrario; é mencionado tudo aquilo que ele (Simão), deixou de fazer pelo Filho de Deus, mas antes de mencionarmos tudo o que Simão nas fez, veja a seguir, o que uma Mulher pecadora fez!

• FALEMOS DA MULHER
Meus queridos vejam o paradoxo de referências entre a mulher e Simão, pois, enquanto ele recebe o titulo de Fariseu, que significa separado ou santo; sendo que um fariseu também é associado a possíveis riquezas e alta educação; já com a mulher o seu titulo é de pecadora que é o contrario de separado ou santo e os que carregam este título não são associados com posses e riqueza visto que a benção de Deus não está com pecadores, e também é certo lembrar que nem o seu nome aparece no Relato Sagrado.

• ADORAÇÃO DA MULHER PECADORA - Lucas cap 7 v 38


“ E a mulher pecadora soube onde ele estava”

Ao saber onde o Senhor Jesus estava a mulher enfrentou o primeiro desafio da adoração o qual é: Superar tudo aquilo que as outras pessoas vão pensar de você. Analise comigo o texto: A casa não era dela, ela não foi convidada e jamais seria; pois a religiosidade de Simão não permitiria a presença de tal mulher em sua casa. É possível também percebemos nessa reflexão, que a adoração de Simão é discreta e particular, pois, sendo fariseu não poderia mostrar-se dando abrigo ao Mestre Jesus tão publicamente, mas este não foi o único caso de adoração moderada e discreta, pois, certo homem chamado Nicodemos mestre dos fariseus procurou ao Senhor Jesus de noite; Por que? Porque tinha vergonha de adorar ao Senhor Jesus diante do povo, tinha vergonha do que os outros diriam dele, temia perder seu prestigio junto a comunidade judaica da época (João cap 3 v 1-2), todavia, o verdadeiro adorador não está preocupado com que os outros dizem ou pensam de sua atitude de adoração, pois, seu desejo é adorá-lo e seu profundo amor por Deus o fará superar todos os obstáculos, ou seja, ele louva ao Senhor Deus tendo ou não tendo uma voz bonita, pois, bem disse o poeta “DEUS RECEBE O LOUVOR DO PASSARO CANARIO ASSIM COMO RECEBE O LOUVOR DA CORUJA”. Desejas ser um adorador com profundo amor pelo Senhor Jesus? Então venças o primeiro obstáculo!

- A mulher levou um vaso de ungüento (perfume caríssimo) (Lc 7 v 37)
A mulher pecadora levou um presente para o Senhor Jesus; quero aqui ressaltar que este presente está muito alem do jantar oferecido por Simão, pois, este vaso de ungüento (perfume), representava a economia anual daquela mulher, isto eu comparo a uma poupança em nossos dias; onde em momentos de apertos nós fazemos uso dela como socorro; sendo que todos que possui (economias), jamais pensa em utilizá-las para outro fim. Agora eu pergunto: Você daria sua economia anual ao Senhor Jesus? Talvez você diga: Se Deus aparecer para mim e me pedir eu darei, todavia, o adorador não tem isto em mente, pois, em sua mente esta a certeza que tudo que ele possui não é exclusivo seu, mas de Deus, e quando o verdadeiro adorador dá a Deus as suas economias, para ele é o mesmo que devolver o que já é Dele antes de ser nosso. Então por que a maioria dos adoradores não faz isto? A resposta não pode ser outra senão pelo fato de estarmos divididos em amar a Deus profundamente, e também amarmos o dinheiro profundamente. Meus queridos, se isto acontece com você, sua adoração não pode ser perfeita.

• O VERDADEIRO ADORADOR SABE SEU LUGAR
Ao entrar na diante do Rei Jesus a mulher logo viu seu lugar de adoração; e foi nos pés do Senhor Jesus que ela encontrou descanso, pois, ali ela chorou, beijou seus pés podendo com seus cabelos enxugá-los e ao mesmo tempo ungi-los (Lucas cap 7 v 38). Meus amados se desejamos, se verdadeiros adoradores, mas procuramos lugar de destaque na mesa; saiba que foi este tipo de adoração que Simão ofereceu ao Senhor Jesus. Mas, se hoje queres torna-se verdadeiro adorador o seu lugar é nos pés, chorando, beijando e ungindo.

• POR QUE A ADORAÇÃO DE SIMÃO NÃO FOI ACEITA?
- Porque Simão não tinha convicção de quem era o Senhor Jesus, ele achava que Jesus era um profeta, mas ao ponto que viu o Mestre receber a adoração daquela mulher pecadora; até a pouca certeza que tinha de Jesus se um profeta ele perdeu “Quando isto viu o fariseu que o tinha convidado, falava consigo, dizendo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora” (Lucas cap 7v 39). Quero aqui ressaltar, que o Senhor Jesus na terra também foi profeta, mas para os verdadeiros adoradores; cito a mulher pecadora; o Senhor Jesus é muito mais que profeta; Ele é enxergado como sendo Deus, e por isto; todos que assim o enxergam o adoram e o exaltam com amor profundo.

- Simão também caiu no pecado de Caim, pois diz; as Escrituras Sagrada (Biblia), que na ocasião de adoração e louvor a Deus, Caim trouxe o fruto da sua colheita para adorar ao Senhor Deus (Genesis cap 4 v 3), já o seu irmão Abel, trouxe o primogênito de suas ovelhas, ou seja, trouxe para Deus a ovelha mais bonita, a mais gorda e suma deu o melhor de seu trabalho para Deus (Genesis cap 4 v 4). E assim como Caim ficou descontente e nervoso ao ver Deus receber o sacrifício de Abel e não o seu, também Simão ficou descontente perdendo a fé e murmurando em seu coração (Lucas cap 7 v 39).

• A EXPLICAÇÃO DO SENHOR JESUS A SIMÃO

Quero aqui com muita alegria louvar a Deus Jesus! Pois ainda que erramos o alvo como aconteceu com Simão, o Salvador Jesus não o deixou sem uma explicação e ajuda para que a partir deste ponto, Simão se converte-se e passa-se a ser um verdadeiro adorador veja.

- E disse Jesus a Simão: Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas, e mos enxugou com os seus cabelos. Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com ungüento. (Lucas 7.44-46)

Comentário: O Senhor Jesus é o único capaz de julgar toda e qualquer adoração, e neste texto Ele expõem o coração de Simão e o da mulher pecadora, em outras palavras é possível vê-lo dizendo a Simão: Como você quer receber as benções de um verdadeiro adorador; sendo que, nem as coisas básicas tal qual: beijar-me ao me receber em sua casa, lavar os meus pés e antes que eu me senta-se na em sua mesa,e não ungiu os meus cabelos! Já esta mulher fez tudo isto sem que houvesse obrigação de fazê-lo, pois, afinal foi você que me convidou a estar em sua casa (grifo meu). Meus amados, infelizmente esta verdade relacionada a Simão, ainda esta em alta em nosso dias, pois, queremos ter o Senhor Jesus, mas, não queremos amá-lo com amor profundo e darmos a Ele as devidas honras de Rei, Senhor, Mestre, Salvador e Deus.

• A BENÇÃO MAXIMA DO ADORADOR É O PERDÃO

Através da revelação de Deus e de sua palavra, podemos ver que todo o verdadeiro adorador : Tem convicção de seus pecados, e a convicção que Deus é santo e bom o suficiente para abrigá-lo em seus braços e salva-lo de seus pecados. Já o falso adorado: Não tem convicção de seus pecados, se julga santo e de Deus quer receber louvor; observe o caso da parábola do fariseu e do publicano (cobrador de impostos da época) veja:

- Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano. 11 - O fariseu, estando em pé, orava desta maneira: O Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. 12 - Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. 13 - O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: O Deus, tem misericórdia de mim, pecador! 14 - Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado (Lucas cap 18 v 10-14)

Conclusão: Meus queridos através das verdades da palavra de Deus (Bíblia Sagrada), é possível enxergarmos que a adoração a Deus, não só se refere com louvores e rituais litúrgicos pré definidos, pois, a verdadeira adoração se refere as nossas atitudes para com Deus, e esta verdade ficou clara nas palavras do Senhor Jesus ao dizer: “Este povo honra-me com os lábios, Mas o seu coração está longe de mim” (Marcos cap 7 v 6), voltemos por um instante em Simão, pois, honrava por fora com um jantar, enquanto que no seu coração rejeitava ao Senhor Jesus não aceitava o que Ele fazia; e ao passo que a mulher intitulada pecadora, não só oferecer seu perfume de ungüento que representava suas economias, mais também ofereceu suas lagrimas e seus beijos ao Senhor. Quero aqui ressaltar que as lagrimas representa o reconhecimento de seus pecados, que os beijos a expressão dos seus sentimentos em louvá-lo e o ungüento o investimento em dinheiro na sua obra aqui na terra, e isto; trará para você na eternidade muitos galardões e honras diante de Deus e de seus santos servos e anjos. Queres ser verdadeiro adorador? Deus está procurando você! Disse Jesus: “O Pai procura os tais que assim o adore” (João cap 4 v 23)


Autor: Ev. Eli Hudson
Por Wilmar Antunes

Estudo Bíblico O Que é a Liberdade no Espírito?


Um dos argumentos mais usados para se justificar coisas estranhas que acontecem nos cultos evangélicos neopentecostais é a declaração de Paulo em 2Coríntios 3:17:

Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.

O raciocínio vai mais ou menos assim: quando o Espírito de Deus está agindo num culto, Ele impele os adoradores a fazerem coisas que aos homens podem parecer estranhas, mas que são coisas do Espírito. Se há um mover do Espírito no culto, as pessoas têm liberdade para fazer o que sentirem vontade, já que estão sendo movidas por Ele, não importa quão estranhas estas coisas possam parecer. E não se deve questionar estas coisas, mesmo sendo diferentes e estranhas. Não há regras, não há limites, somente liberdade quando o Espírito se move no culto.

Assim, um culto onde as coisas ocorrem normalmente, onde as pessoas não saltam, não pulam, não dançam, não tremem e nem caem no chão, este é um culto frio, amarrado, sem vida. O argumento prossegue mais ou menos assim: o Espírito é soberano e livre, Ele se move como o vento, de forma misteriosa. Não devemos questionar o mover do Espírito, quando Ele nos impele a dançar, pular, saltar, cair, tremer, durante o culto. Tudo é válido se o Espírito está presente.

Bom, tem algumas coisas nestes argumentos com as quais concordo. De fato, o Espírito de Deus é soberano. Ele não costuma pedir nossa permissão para fazer as coisas que deseja fazer. Também é fato que Ele está presente quando o povo de Deus se reúne para servir a Deus em verdade. Concordo também que no passado, quando o Espírito de Deus agiu em determinadas situações, a princípio tudo parecia estranho. Por exemplo, quando Ele guiou Pedro a ir à casa do pagão Cornélio (Atos 10 e 11). Pedro deve ter estranhado bastante aquela visão do lençol, mas acabou obedecendo. Ao final, percebeu-se que a estranheza de Pedro se devia ao fato que ele não havia entendido as Escrituras, que os gentios também seriam aceitos na Igreja.

Mas, por outro lado, esse raciocínio tem vários pontos fracos, vulneráveis e indefensáveis. A começar pelo fato de que esta passagem, "onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2Cor 3:17) não tem absolutamente nada a ver com o culto. Paulo disse estas palavras se referindo à leitura do Antigo Testamento. Os judeus não conseguiam enxergar a Cristo no Antigo Testamento quando o liam aos sábados nas sinagogas pois o véu de Moisés estava sobre o coração e a mente deles (veja versículos 14-15). Estavam cegos. Quando porém um deles se convertia ao Senhor Jesus, o véu era retirado. Ele agora podia ler o Antigo Testamento sem o véu, em plena liberdade, livre dos impedimentos legalistas. Seu coração e sua mente agora estavam livres para ver a Cristo onde antes nada percebiam. É desta liberdade que Paulo está falando. É o Senhor, que é o Espírito, que abre os olhos da mente e do coração para que possamos entender as Escrituras.

A passagem, portanto, não tem absolutamente nada a ver com liberdade para fazermos o que sentirmos vontade no culto a Deus, em nome de um mover do Espírito.

E este, aliás, é outro ponto fraco do argumento, pensar que liberdade do Espírito é ausência de normas, regras e princípios. Para alguns, quanto mais estranho, diferente e inusitado, mais espiritual! Mas, não creio que é isto que a Bíblia ensina. Ela nos diz que o fruto do Espírito é domínio próprio (Gálatas 5:22-23). Ela ensina que o Espírito nos dá bom senso, equilíbrio e sabedoria (Isaías 11:2), sim, pois Ele é o Espírito de moderação (2Tim 1:7).

Além do uso errado da passagem, o argumento também parte do pressuposto que o Espírito de Deus age de maneira independente da Palavra que Ele mesmo inspirou e trouxe à existência, que é a Bíblia. O que eu quero dizer é que o Espírito não contradiz o que Ele já nos revelou em sua Palavra. Nela encontramos os elementos e as diretrizes do culto que agrada a Deus.
Liberdade no Espírito não significa liberdade para inventarmos maneiras novas de cultuá-lo. Sem dúvida, temos espaço para contextualizar as circunstâncias do culto, mas não para inventar elementos. Seria uma contradição do Espírito levar seu povo a adorar a Deus de forma contrária à Palavra que Ele mesmo inspirou.

Um culto espiritual é aquele onde a Palavra é pregada com fidelidade, onde os cânticos refletem as verdades da Bíblia e são entoados de coração, onde as orações são feitas em nome de Jesus por aquelas coisas lícitas que a Bíblia nos ensina a pedir, onde a Ceia e o batismo são celebrados de maneira digna. Um culto espiritual combina fervor com entendimento, alegria com solenidade, sentimento com racionalidade. Não vejo qualquer conexão na Bíblia entre o mover do Espírito e piruetas, coreografia, danças, gestos. A verdadeira liberdade do Espírito é aquela liberdade da escravidão da lei, do pecado, da condenação e da culpa. Quem quiser pular de alegria por isto, pule. Mas não me chame de frio, formal, engessado pelo fato de que manifesto a minha alegria simplesmente fechando meus olhos e agradecendo silenciosamente a Deus por ter tido misericórdia deste pecador.


Autor: Augustus Nicodemus Lopes
Por Wilmar Antunes