sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Estudo Vencendo o Gigante da Inveja



Romanos 1:18-32
Será que é pecado desejar possuir bens, boa aparência física, posição social etc? Ou o pecado é não lutar por alcançá-los de modo correto?
A inveja é o desejo de possuir estas e outras coisas por meios ilícitos, tendo como ponto de partida o olhar fixo no que é dos outros, desejando para si, lamentando por que ainda não está em seu poder. É um ressentimento profundo, que se aninha na mente da pessoa e passa logo a gerar outras ações, tais como a cobiça, a ganância, a maledicência. O dolo entra em cena e tudo termina em contendas, e até em morte, tal como aconteceu com Abel (Gn 4.8) e com Nabote (I Rs 21.1-16).

A inveja e os outros males surgiram no Éden (Gn 3.5), e se fazem presentes em todos os lugares, causando contendas e guerras (Tg 4.1,2), sendo sua pri­meira vítima o seu possuidor, depois aqueles que são o seu alvo. É algo que acontece até com nações que se apoderam dos recursos econômicos de outras menos capazes de administração.

Breve Análise do Texto
O texto básico registra a mudança ocorrida no ser humano, sua degeneração. Os homens passaram a valorizar as obras da criação, fazendo delas o seu deus, desentronizando de suas vidas o Deus Criador, e tentando ocupar o lugar do mesmo. Pela concupiscencia dos seus corações, diz Paulo: "Deus entregou tais homens à imundície" (v. 24), "a paixões infames" (v. 26), "a uma disposição men­tal reprovável, para praticarem coisas incovenientes" (v. 28).

Na relação de tais coisas, em número de 21, não sendo uma lista completa, pois em Gálatas 5.21, o apóstolo afirma: "e cousas semelhantes a estas", ele inclui o tema deste estudo.

Algo sério no texto básico é que tal prática é feita com conhecimento da verda­de (v.21) e até mesmos os gentios assim agem. Não há exceção para ninguém.

Tópicos para Reflexão

1. DEFINIÇÃO
Provérbios 14.30b diz que "a inveja é a podridão dos ossos". Todo o corpo não possui firmeza. A inveja é a doença da alma, uma ::snça espiritual. Diz C. Hodge: "É um câncer da alma" (Teologia Sistemática, Vol. Ill, p. 464).

Caracteriza-se como realmente é:
a) um sentimento de desgosto ou pesar peio bem dos outros;
b) um desejo violento de possuir o bem alheio;
c) um sentimento de ódio para com os mais favorecidos;
d) um desejo de impedi-los de possuir tais bens e de vê-los destruídos.

A inveja colocada na mente humana é como um germe que se encarrega de criar outros males que, agrupados ao redor de si, formarão um exército em guerra, lutando para conseguir os fins por ele propostos. Esta for­ça de ação é tão elevada que Provérbios 27.4 diz: "Cruel é o furor e impetuosa a ira, mas quem pode resistir à inveja?" Ela não atua só, pois se assim fosse, ninguém seria atin­gido; não passaria de um pensamento, sen­do o invejoso a única vítima. Entretanto, o que se conhece é que o pensamento invejoso está integrado por outros companheiros ofensi­vos.

A história do comportamento de Saul em relação a Davi é uma das evidências desta as­sociação de males, pois, após a morte de Golias, efetuada por Davi, e sua aclamação feita pelas mulheres, Saul passa a ter um sen­timento de inveja e, "daquele dia em diante, Saul não via Davi com bons olhos"; e procu­rou eliminá-lo (I Sm 18.6-16).

É tão real esta integração de males que provém do coração humano ainda não rege­nerado, que o Senhor Jesus, em Marcos 7.21 -23 e Paulo, Tiago e Pedro, em vários textos (II Co 12.20; Gl 5.19-21; I Tm 6.4; Tt 3.3; Tg 3.14; I Pe 2.1), os mencionam, estando a in­veja entre eles, quer a palavra declinada ou os seus efeitos descritos nos demais componen­tes.

2. CONSEQUÊNCIAS DA INVEJA
Sendo a inveja um ressentimento aninha­do no coração do homem, conclui-se que o invejoso vive em torturas da sua alma, tendo em si a destruição de alguns bons princípios de vida (SI 73.2,3). A condição de vida do invejoso é marcada por reclamações, por ex­pressões de revoltas visíveis no próprio rosto (Gn 4.5; I Rs. 21.4-7). É a batalha interna do coração, por não ver seus intentos realizados. A luta continua e outros atos maus vão sendo levados a efeito, até que se consiga o pro­posto. Os meios usados, sejam quais forem, se justificam pelos fins propostos.

A Bíblia nos apresenta inúmeros exem­plos das consequências causadas pela inveja e os seus integrantes. Eis alguns:

a) Abel é assassinado pelo próprio irmão, Caim, que, possuído de inveja, irou-se e, dolosamente, mesmo advertido por Deus (Gn 4.5-8), praticou um crime, tornando-se exem­plo negativo para todas as gerações (Hb 11.4; I Jo 3.12 e Jd 11);

b) Isaque é expulso de Gerar por ter se enriquecido (Gn 26.12-17);

c) Os irmãos de José tentam matá-lo e de­pois o vendem (Gn 37.11,20; 26-28; At 7.9);

d) Nabote é julgado e assassinado, sem ter o direito de defesa (I Rs 21.1 -16);

e) O próprio Cristo foi entregue pelos in­vejosos líderes religiosos (Mt 27.18);

f) Os apóstolos sofreram também, da mes­ma classe de pessoas, perseguições (At 5.17,18; 13.45).

A inveja conduz o ser humano a um miserável estado de vítima, impedindo-o de repa­rar suas próprias deficiências, corrigindo-as e se tornando capaz de conseguir, por meios lícitos, as mesmas condições de vida.

O invejoso é governado por diretrizes por ele elaboradas, e não sob as normas divinas, pois de Deus está alienado. Da sua lingua­gem e modo de vida, a prática da Lei Áurea estabelecida por Deus, registrada em Deuteronômio 6.5, Levítico 19.18 e Mateus 22.37-39, não faz parte, pois para ele Deus e o próximo não existem.

Mas a pior consequência é a eterna, pois Paulo afirma: "São passíveis de morte os que tais coisas praticam" (v. 32).

3. LIBERTAÇÃO ESPIRITUAL
Para todas as espécies de males espiritu­ais, Deus preparou os meios suficientes para a cura e libertação. Ele não deseja que o pe­cador seja vítima eterna de Satanás, alienado de sua presença. Deus, no Éden, prometeu a vinda de seu Filho para pagar o preço desta libertação com sua morte. Não há corrupto, por pior que seja, que não possa ser transfor­mado; nem pecado sem perdão em Cristo.

Zaqueu é uma prova evidente desta trans­formação, pois, por meios ilícitos, enrique­cera-se, mas dispôs-se a corrigir as fraudes cometidas (Lc 19.8).

Deus veio em Jesus Cristo para nos liber­tar do império das trevas, e o próprio Cristo declarou como obter tal libertação (Jo 8.32,36; Cl 1.13,14). Há libertação à dispo­sição de todos os que são vítimas dos males do coração.

Para que isto ocorra, é necessário conhe­cer a Palavra de Deus e aceitá-la, pois o Espí­rito Santo está executando a sua missão de convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11). Ele ilumina o cristão (Rm 14.26), intercedendo pelos regenerados (Rm 8.26,27), concedendo a convicção de "ser nova criatura" (II Co 5.16) e de poder viver seguro de que "nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" (Rm 8.1), pois cumpre-se nele a mensagem de Roma­nos 8.30.

O coração do pecador, cheio de inveja e demais males por ela gerados e a ela associa­dos, pode ser purificado e tornar-se lugar es­pecial de guardar a Palavra de Deus (S1119.9, 11,97)). Onde há lugar para o amor de Deus, este o conduz à prática das boas obras.

Este mal tão terrível, conforme observou o sábio (Pv 14.30; 27.4), continua sendo uma realidade constante, até mesmo com boa apa­rência (Fp 1.15), procurando aninhar-se to­talmente no coração do crente. O que fazer? Paulo ensina:

a) Encher-se do Espírito Santo e não entristecê-lo (Ef 4.30; 5.18);

b) Viver de modo digno da vocação (Ef 4.1-3);

c) Lançar distante tais males (Ef 4.31);

d) Exercitar o domínio próprio (Gl 5.22). Em I Pedro 2.1 e 2, o apóstolo determina o despojamento destes males e o desejo de ali­mentar-se espiritualmente. Para que tudo se efetue, é necessário enquadrar-se na bem-aventurança proposta por Cristo em Apocalipse 1.3, que é ler, ouvir e guardar o que está escrito. Não se pode descuidar da oração como ato de vigilância (I Pe 5.8), sa­bendo que o adágio popular declara: "Mente vazia, oficina de Satanás".

Reflexão Pessoal

1. A inveja tem achado lugar em seu coração? Como você tem enfrentado esse pecado?
2. Alguma vez você já sofreu as consequências da inveja?


Autor: Josias Moura
Fonte: www.josiasmoura.com
Por Wilmar  Antunes

Chega de Coxear em Dois Pensamentos


Então Elias se chegou a todo o povo, e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu. (I Re 18.21)
Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!
O profeta Elias desafiou o povo a deixar de coxear entre dois pensamentos, pois que não é por muito orar que alcançam a resposta de Deus, mas sim o acertar as nossas vidas de acordo com a Palavra de Deus.
O diabo está sempre à espreita, pronto a colocar os crentes a coxear entre dois pensamentos.
A mente é um campo de batalha: Infelizmente o diabo bombardeia a mente do individuo com pensamentos, afim de que tais duvidem da Palavra de Deus.
Assim fazendo com que tais se desviem do rumo certo: Do que a Palavra de Deus diz.
Deus tenha misericórdia, dos que não se firmam na Palavra de Deus. Acabando-se infelizmente por se desviarem de Deus.
Eis a questão: Confiar na Palavra de Deus ( Sl 125:1; Sl 115:10 ).
Ou Duvidar ( Tg 1:6;Mt 14:31 )

Definição da palavra coxear

Sinônimos: mancar, manquejar, claudicar, capengar, caxingar, coxear, errar, fraquejar, pecar, prevaricar, falhar, acambetar, renguear, pernetear, manquitar, manquetear, capenguear, cambetear,

Significados de coxear:

1. Coxear
Andar firmando o passo mais de um lado que do outro, em decorrência de alma deficiência física.
A "raiz" do pecado encontra-se basicamente em dois fatores: "errar o alvo" e "pisar em falso no caminho de Deus". Quando não atingimos o "alvo" proposto por Deus para a nossa vida (que é glorificá-lo por meio de todo o nosso viver) e também quando não andamos "corretamente" nos seus caminhos, tais atitudes se traduzem em pecado diante dEle
A rebelião de Israel (10.1-4)
Elias é um grande nome – significa Yahwéh é DEUS. Elias foi profeta no século IX a.C. Seu ministério foi dedicado ao reino do norte – Israel. Deus estava trabalhando a 1100 anos com este povo, desde o chamado de Abraão 2000 a.C. Abraão, Isaque, Jacó, José, Moisés, Josué, Gideão, Sansão, Samuel, Saul, Davi, Salomão – reino unido; e no reino dividido, Jeroboão – Israel e Roboão – Judá.
Existe um paralelo entre Elias e Moisés. Elias foi acompanhado e substituído por Eliseu – Moisés, foi acompanhado e substituído por Josué. A morte dos dois envolve mistério e a transladação do corpo. Elias subiu ao céu em uma carruagem de fogo e o corpo de Moisés nunca foi encontrado. E exatamente Elias e Moisés apareceram ao lado de Jesus no monte da transfiguração ( Mc 9:4).
Elias vivia nas montanhas de Gileade e seu ministério se desenvolveu no período do rei Acabe e sua esposa Jezabel, quando estes governavam o reino do norte com mão forte. Jezabel havia introduzido a idolatria entre o povo erguendo altares ao deus Baal; práticas pagãs e bruxarias eram desenvolvidas neste período; ela mandou exterminar os profetas do Senhor porque cria que a seca desse tempo era conseqüência da ira de Baal sobre estes profetas.
Todas estas coisas acenderam a ira de Deus, que enviou Elias para um confronto; afim de que o povo, mais uma vez, soubesse quem era o verdadeiro Deus.
1. Abuso na abundância. Israel é uma vide frondosa... abundân¬cia do seu fruto... (v.l). O profeta compara Israel a uma árvore frondosa que dá muitos frutos em virtude da abundância que o povo desfrutava.
A prosperidade de Israel nos dias de Joás e Jeroboão II levou o povo a pensar que tudo isso vinha dos ídolos. Abusou daquilo que Jeová lhe havia dado. A riqueza leva, às vezes, o homem ao orgulho e a se apartar de Deus (Pv 30.7-9).
... assim multiplicou os altares; conforme a bondade da terra, assim fizeram boas estátuas (v.l). Essa abundância, que devia ser motivo para agradecer a Deus e bendizer o seu nome, pelo contrário, serviu para corromper o coração do povo, levando Israel ao desvio, resultando na multiplicação de altares e de imagens. Ofereciam suas riquezas aos cultos idolátricos.

2. Israel coxeava entre dois pensamentos. O seu coração está dividido... (v.2). Desde os dias de Acabe que a tendência do povo era coxear entre dois pensamentos (1 Rs 18.21). Israel estava hesitante entre Jeová e Baal, quando Elias desafiou os profetas de Baal e de Aserá.
O coração dividido revela dúvida, que a fé está minada, e isso é destrutivo. A amizade com o mundo é inimizade contra Deus (Tg 4.4). O Senhor Jesus disse que ninguém pode servir a dois senhores, a Deus e a Mamom (Mt 6.24). Israel foi achado culpado pela sua infidelidade.
...cortará os seus altares e destruirá as estátuas (v.2). Cortar os altares e destruir as estátuas são expressões diferentes para dizer uma mesma coisa. Jeová vai pôr fim a idolatria de Israel. O ímpeto desse juízo divino pode ser visto no verbo que Oséias escolheu para descrever o fim do reino de Israel, é o mesmo que "quebrar o pescoço".
O verbo hebraico para "cortará" é yaaroph, de araph, que significa "desnucar, quebrar a cerviz", usado mui¬tas vezes no Velho Testamento para "degolar" (Êx 13.13; 34.20; Dt 21.4,6). O profeta Amos diz que "os chifres do altar serão quebrados" (Am 3.14).

3. O fim da monarquia das Dez Tribos. Não temos um rei... (v. 3). Não há alguém à altura de um rei? Não temos ninguém digno desse título? Nossos reis são marionetes da Assíria? À luz do contex¬to histórico, trata-se do último rei, Oséias, pois com ele terminou o reino e Israel. Os monarcas de Samaria e Jerusalém, do Reino do Norte e do Reino do Sul respectivamente eram prepostos do Grande Rei Jeová.
Quais os caminhos para o avivamento?
“Então disse Elias a Acabe: sobe, come e bebe, porque já se ouve o ruído de abundante chuva” (I Re 18:41).
Elias está no monte Carmelo, na parte ocidental da terra de Israel. Sobre a encantadora planície de Esdraelon ergue-se imponente esse monte. Lá de cima, olhando-se para o nascente, no primeiro plano está a mencionada planície, depois o Jordão e as montanhas de Gileade; um pouco ao norte, os lagos de Galileia e Meron; e para o poente, o Mediterrâneo, cujas ondas se vêm quebrar no famoso monte.
As águas do ribeiro de Quisom estão vermelhas do sangue de mais de 400 profetas de Baal que acabam de ser mortos, pela vitória de Deus. E as águas desse ribeiro enrubesceram as do Mediterrâneo. O povo ainda grita em coro: “Só o Senhor é Deus”... Só o Senhor é Deus... o reino do norte de Israel está no Carmelo representado.
Durante três anos e meio em que os juízos de Deus fustigaram a terra, Elias esteve ausente desse palco (Deus o havia escondido). Por ordem dos céus, torna a Israel. Acabe procurara o profeta por cantos e recantos da terra.
Queria matá-lo. Não o encontra, porém. Agora, os dois – Elias e Acabe – se encontram. Começam a discutir. Elias propõe ao rei infiel um desafio: perto de nós está o Carmelo; convoque os profetas de Baal. Eu clamarei a Jeová e os profetas de Baal clamarão a Baal. O povo será juiz. O Deus que responder com fogo do céu ao clamor feito, esse é o Deus.
Acabe aceitou o desafio e convocou Israel e os profetas de Baal para o Carmelo.
Os homens de Baal edificaram o altar, cortaram o novilho em pedaços, colocaram as partes no altar e clamaram ao seu deus; gritaram! Dançaram! Retalharam suas carnes com lancetas! Tudo fez por horas, mas Baal não lhes respondeu. Expirou o prazo.
Elias sozinho reedificou o Altar do Senhor que estava em ruínas; cortou o novilho e pôs todos os pedaços sobre o altar; mandou abrir um rego em redor do altar e, por três vezes, mandou colocar água. E clamou ao Senhor, invocando o nome do Deus de Abraão, Deus de Isaque e Deus de Israel. E os céus responderam ao clamor de Elias com fogo que consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e a terra, e ainda lambeu a água que estava no rego.
Vendo isto, o povo se prostra com rosto em terra e grita: Só o Senhor é Deus... Só o Senhor é Deus... Os profetas de Baal foram mortos e Elias é vitorioso, como vitorioso é a sua causa.
Depois dessa retumbante vitória; depois de ter feito descer fogo do céu; depois da desmoralização de Baal, qualquer um de nós, teria tomado o caminho de casa para um banho, um bom jantar e um sono reparador.
Mas Elias sabia que o que acontecera era somente a primeira fagulha do avivamento. Onde a chuva? O Senhor se manifestou, É verdade, mas que adiantou isso tudo, se ainda a terra continua ressequida e tudo quanto tem vida está morrendo? Os céus estão azuis, nenhum sinal de chuva. Era o momento para a fé de Elias. Fé unida à ação.
E Elias era o homem para essa hora e para essa conjuntura6 Nem se preocupou em ir pessoalmente ao rei; mandou-lhe um recado: “sobe, come e bebe, porque já se ouve o ruído de abundante chuva”.#Mas onde a chuva? Palavra é fácil! Promessa não é difícil, mas e o cumprimento?
Elias anunciou ao rei e o povo de Israel um avivamento. Chuvas caíram logo. O profeta do Senhor já ouvia ruído da abundante chuva. Estava no caminho da bênção. E para que o avivamento acontecesse, Elias precisou fazer a sua parte.
Qual a primeira coisa que Elias fez e que eu e você precisamos fazer para que o avivamento aconteça na nossa vida?

1. Tirar o Baal do caminho

No caminho das torrentes de Deus que se precipitariam sobre as ressequidas terras de Israel havia um obstáculo – era Baal. Esse monstruoso ídolo se colocará entre o céu e a terra, entre as chuvas e a seca, entre as bênçãos do Senhor e a necessidade do povo.
Baal tinha que sair, Baal tinha que morrer. Não adiantava dar nome diferente a Baal, nem mudá-lo de lugar, ou colocar-lhe uma nova roupagem, ou mesmo esconde-lo em algum lugar. Para Baal só havia uma sorte, e foi a que lhe deu Elias:
“Elias os fez descer ao ribeiro de Quison, e ali os matou”. (I Re 18:40). Morto Baal, removida a sua influência, desobstruiu o caminho para que descessem as abundantes chuvas que desencadeou o avivamento em Israel na época de Elias.
Muitos clamam Deus por um avivamento seja na vida, no lar ou na igreja. Mobilizamos tudo, oramos, fazemos vigílias, jejuns, lemos a Bíblia e mil coisas mais, e avivamento não vem. As chuvas ficam sós em ruído. E por quê? Será que Deus é surdo ou insensível? Não! Algum impedimento deve haver.
Algum Baal mantém distante de nós a nuvem da bênção. O Baal muitas vezes é que fizemos de nossa denominação um ídolo, um Baal que impede a bênção; outras vezes é o dinheiro, é a casa, a esposa ou o marido, o filho, o carro, o conforto, ou então um pecado encoberto: ódio no coração, reservas, brigas, contendas, desavenças, partidos, porfias. Enquanto não tirarmos Baal, as chuvas do poder de Deus não podem nos alcançar.
Qual será o Baal de sua vida? Sonda o seu coração. Deus não pode falhar. Se você quer a bênção e busca, mas não recebe, o erro está em você e não em Deus. Descobre o Baal, remove-o e as chuvas do avivamento cairão sobre você com certeza.

2. Subir mais

Elias já tinha escalado uma boa parte do Carmelo, mas quando desafiou os céus para que chovesse, diz I Reis 18:42: “Elias subiu ao cume do Carmelo”.
Outro poderia raciocinar: Se já subi tanto neste monte, para que subir mais? Elias não raciocinou assim e nem discutiu – simplesmente subiu. Crescemos na vida cristã, não é com boas intenções, nem com argumentos ou regras e muito menos com divagações, mas subindo. Sim, subindo sempre.
Lógico que a escalada cansa, pois exige esforço, mas vale a pena. Na vida espiritual precisamos subir sempre.
Alcançamos hoje uma vitória, subimos para outra e vamos assim sempre subindo.
As chuvas desceram para abençoar ao necessitado Israel; mas desceram porque Elias subiu. E sempre quando a bênção do poder de Deus desce para o povo, estejamos certos de que alguém subiu à presença de Deus, importunando o céu com oração e intercessão.

3. Humilhação

Elias subiu mais o Carmelo, não para galgar uma altura de onde pudesse lançar pedras nos que ficaram em baixo; não para orgulharem-se, para desprezar os demais, para chamá-los de frios, sem espiritualidade, e coisas tais, não. Escalando o pico e atingindo as alturas, a Bíblia diz que se encurvou para a terra e meteu o rosto entre os joelhos.
Em uma palavra, a Bíblia afirma que o gigante de Deus humilhou-se. Na realidade, para alguém fazer a obra de Deus com eficiência, precisa poder; este vem quando estamos cheio do Espírito. E ser cheio do Espírito é estar em sujeição a Deus.
Existem pessoas que buscam com disposição o Batismo no Espírito Santo, mas quando o recebem, enchem-se de orgulho e perdem a bênção. Batismo no Espírito Santo nos leva para o pó. É plena submissão ao Espírito Santo que nos enche. O Espírito para a nos dominar. Se nos domina, também nos dirige e se nos dirige, temos que obedecer-lhe em tudo.
Quando nos escondemos atrás da cruz do Senhor Jesus; quando desaparecemos, para Cristo aparecer; quando morremos para que a vida de Cristo se manifeste em nossa carne mortal; quando nos tornamos vermes (Sl 22:6), para que os homens nos esmaguem, então estaremos como Elias, encurvado para a terra, no caminho da bênção, das chuvas abundantes e do grande avivamento espiritual.
Como o Senhor no Getsemani – “Pai, se é possível passe de mim este cálice, não seja, porém o que EU quero, e sim o que TU queres”, ou como Paulo em Gálatas 2:20 – “Vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim”, humilhemo-nos debaixo da potente mão de Deus para que nos exalte abaixo da potente mão de Deus para que nos exalte a seu tempo. Quando nos encurvamos diante do Senhor, estaremos com essa atitude, desobstruindo o caminho para que desçam as chuvas abundantes do avivamento em nossas vidas.

4. Oração
Com o rosto metido entre os joelhos, Elias trava a grande batalha da sua vida. Não é contra o diabo nem contra homem algum; é com Deus que luta. Esta fase da batalha é mais renhida do que a que foi travada na parte inferior do Carmelo com os profetas de Baal escudados pela máquina da realeza.
Abraão venceu em oração e Ló, seu sobrinho, foi libertado da destruição de Sodoma. Jacó venceu no Jaboque em oração. E porque prevaleceu com Deus, venceu seu irmão Esaú. Moisés venceu em oração a batalha de Midiã do Egito e do deserto.
Josué venceu em oração e conquistou a terra de Canaã para Israel. Ana ganhou Samuel em oração, que foi a grande bênção para Israel. Davi venceu as maiores batalhas da sua vida em oração.
Daniel orou durante vinte e um dia porque durante este período Satanás impediu que o anjo entregasse a mensagem. Foi necessário convocar Miguel, um dos primeiros príncipes para ultrapassar as hostes de Satanás para que Daniel recebesse a mensagem (Dn 10:13). Se Daniel desistisse no vigésimo dia não teria recebido a sua bênção. Pentecostes veio no final de um período de dez dias de oração.
Pedro foi liberto do cárcere em resposta às orações da pequena igreja que se reunia em casa de Maria, mãe de João Marcos.
A Igreja de Antioquia da Síria orava, com jejuns, quando o Espírito Santo separou a Barnabé e a Saulo para ganhar o mundo para Cristo. O avivamento que sacudiu o mundo do século 17 veio porque os moravianos oraram. A Inglaterra do século 18 foi visitada pelo poder do Espírito Santo, porque João Wesley e seus companheiros oraram e oraram; noite de oração, de agonia diante de Deus. O sermão que Jonathan Edwards pregou: “O pecador nas mãos de um Deus irado” levou à salvação quinhentas pessoas, porque a Igreja de Edwards passou uma noite em oração.
Moody foi batizado com o Espírito Santo e como conseqüência mais de quinhentas mil pessoas se salvaram, porque duas crentes consagradas oraram para que isso acontecesse na vida do famoso evangelista. Finney ganhou centenas de milhares de almas para Jesus, porque era homem de oração.
O fato de Deus ser soberano não diminui em nada a responsabilidade minha e sua de estarmos incluídos no seu plano com a nossa oração e intercessão. Tudo que Deus faz o faz em resposta as orações do seu povo. Por que assim? Porque Ele decidiu que fosse assim.
Todos os atos libertadores de Deus na História são realizados em resposta a oração do seu povo. Deus fez e ninguém pode impedir a sua mão. O grande avivamento que aconteceu na Coréia é que mulheres de até 80 anos levantam de madrugada e vai para a igreja orar. Naquele país nenhuma igreja é considerada evangélica se não tem reunião de oração diária de madrugada. Nenhuma igreja é considerada organizada se não tiver uma hora diária de oração de madrugada.
Nenhum seminarista pode estar no Seminário sem freqüentar as reuniões de oração de madrugada, e se ele faltar duas reuniões seguidas sem motivo, não serve para ser pastor; é mandado embora. Lá, em média um crente ora uma hora por dia; quem tem qualquer cargo na igreja ora em média duas horas por dia.
Nenhum pastor tem práticas de oração de menos de três horas por dia. Perguntaram a um pastor de uma das grandes igrejas daquele país: qual o segredo do crescimento de sua igreja? Ele respondeu: oração.
Sem oração não pode haver avivamento. Nunca houve, nem na Bíblia e nem fora dela. Oremos, oremos muito para que os céus nos visitem com grande e poderoso avivamento que venha abalar os alicerces da incredulidade, da idolatria, da macumba, do álcool, do cigarro, das drogas, do pecado.

5. Perseverança
Ao entrar na batalha de oração Elias ordenou que seu moço fosse olhar para a banda do mar, a ver se havia alguma nuvem. O jovem voltou e disse ao profeta: nada. Elias não desanimou. Disse ao seu moço: vai até sete. O moço foi segunda vez e voltou com a negativa; terceira vez, nada; quarta, quinta e sexta vez, nada também. O profeta não esmoreceu.
Qualquer um de nós é possível que empacasse na terceira ou quarta vez. Não adianta orar. Deus não ouve. Deus não quer avivamento. Não existe tal bênção. Não adianta arrazoar, nem desanimar, nem murmurar. O que adianta é perseverar em oração. Se os vinte que esperavam a promessa do Pai da qual lhes falara Jesus tivessem cessado a batalha no quinto ou sexto dia, ou mesmo no nono, não teriam recebido a grande bênção do Espírito.
Se Jacó (Gen. 32) lá pelas quatro da madrugada tivesse guardado as armas, não teria sido Israel. Se a pequena igreja de Jerusalém tivesse encerrado a reunião às 22 horas, Pedro teria continuado no cárcere e morto no dia seguinte. Se os moravianos tivessem desanimado na oração, não haveria Zinzendorf e nem Wesley e o grande avivamento na Inglaterra não teria acontecido.
Precisamos orar para que o avivamento sopre o seu poder na nação brasileira, vivificando os lares, despertando as igrejas, movendo os pastores e pastoras e salvando milhões de pecadores. Estamos, apenas tocando nas areias do grande e profundo oceano. Já está acontecendo maravilhas mais acontecerá ainda muito mais. Alguns já desanimaram. Outros, porém continuam na batalha como Elias no Carmelo.
Oraremos e lutaremos até que os céus nos mandem as chuvas de seu poder e de seu favor. Afinal, o Senhor está desejoso de nos abençoar. Perseveremos em oração. Nada de desânimo, nada de desespero. Uma pequenina nuvem já se forma na banda do mar. O Senhor não tarda em derramar o seu Espírito.

6. As chuvas do avivamento caíram
Então, na sétima vez o moço disse a Elias: “Eis que se levanta do mar uma nuvem pequena como a palma da mão de um homem”. Quando Elias soube da pequenina nuvem, disse: Basta! Mandou que o rei Acabe se apressasse em descer, antes que a chuva o detivesse. E logo os céus se enegreceram com nuvens e ventos e copiosas chuvas caíram sobre as ressequidas terras de Israel. Era a vitória cabal. O Senhor visitou o seu povo com bênçãos do avivamento e vitórias.
Já se ouve o ruído de abundantes chuvas. Você está ouvindo? Elias se aproxima. O Senhor não tarda. Redobre em esforços de oração, de jejuns, de vigílias, de santificação. Firme-se nas promessas do Senhor. Não importa se os homens não creiam; não importa a perseguição, nem as incompreensões.
Vale a pena lutar, vale a pena prosseguir. A nuvem do Senhor já se forma e logo derramará o seu poder para salvar, para curar, para revestir de poder. Avivamentos acontecem quando as pessoas ficam perplexas diante daquele que está sentado no Trono.
Já se ouve o ruído de abundantes chuvas! É o avivamento que está chegando sobre a sua vida!”
Que Deus nos abençoe e nos guarde no seu grandioso amor em nome de Jesus, amém!


Autor: Jânio Santos de Oliveira
Por Wilmar Antunes