quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Escribas e Fariseus Hipócritas




“AI DE VÓS, escribas e fariseus hipócritas! Fechais aos homens o Reino dos céus; e nem vós entrais, nem deixais entrar aos que estão entrando; Devorais as casas das viúvas, sob pretexto de prolongadas orações... Percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais que vós; ai de vós condutores cegos. Sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos. Mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia. Pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade. Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?” (Mt 23.13-39).

AS PALAVRAS DE JESUS no capítulo 23 se constituem na sua mais severa denúncia contra os líderes religiosos e falsos mestres que rejeitavam em parte a Palavra de Deus, substituindo a revelação divina por suas próprias ideias e interpretações (vv.23,28; Mt 15.3; 6-9; Mc 7.6-9).

(1) Notemos a posição de Jesus. Não é a posição tolerante e liberal dos acomodados que não compartilham do clamor do coração do Senhor, por fidelidade à Palavra de Deus. Cristo não era um pregador tímido, a tolerar o pecado. Ele foi em tudo fiel à sua comissão de combater o mal (cf. Mt 21.12,13; Jo 2.13-16) e denunciar o pecado e a corrupção entre os importantes (vv 23, 25).

(2) O amor de Jesus pelas Escrituras inspiradas do seu Pai, bem como pelos que estavam sendo arruinados pela distorção delas (cf. Mt 15.2,3; 18.6,7; 23.13,15), era tão grande que o levou a usar palavras tais como “hipócritas” (v.15), “filho do inferno” (v.15), “condutores cegos” (v.16), “insensatos” (v.17), “cheios de rapina e iniquidade” (v.28), “serpentes” (v.33), “raça de víboras” (v.33) e assassinos (v.34).

(3) Estas palavras, embora severas e condenatórias, foram ditas com profunda dor (v.37), por aquele que morreu pelas pessoas a quem elas foram dirigidas (cf. Jo 3.16; Rm 5.6,8).

(4) Jesus descreve o caráter dos falsos mestres e pregadores como os dos ministros que buscam popularidade, importância e atenção das pessoas (v.51), que amam honrarias (v.6) e títulos (v. 7), e que, com o evangelho distorcido que pregam, impedem as pessoas de entrar no céu (v.13).

São religiosos profissionais que, na aparência, são espirituais e santos, mas que, na realidade, são iníquos (vv.14.25-27). Falam bem dos líderes espirituais piedosos do passado, mas não seguem as suas práticas, nem a sua dedicação a Deus e à sua Palavra e justiça (vv.29,30).

(5) A Bíblia ordena aos crentes a se acautelarem desses falsos dirigentes religiosos (Mt 7.15; 24.11); a considerá-los incrédulos e malditos e a não dar apoio ao seu ministério e a não ter comunhão com eles (2 Jo 9-11).

(6) Cristão que, em nome do amor, da tolerância, ou da união, não procedem nesses casos como Jesus, quanto aos que corrompem os ensinos de Cristo e das escrituras (Mt 7.15; 2 Jo 9; Gl 1.6,7), participam das más ações dos falsos profetas e mestres (2 Jo 10.11).

(7) Jesus continua seu discurso a respeito dos líderes e ministros religiosos dos seus dias, cuja conduta pública parecia reta, mas cujos corações estavam cheios de hipocrisia, soberba, cobiça e iniquidade.

Eram semelhantes aos sepulcros caiados: belos e atraentes por fora, mas com imundícia e corrupção ocultas interiormente.

Bíblia de Estudo Pentecostal
Por Litrazini:
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