"Desvenda os meus olhos, para que veja as maravilhas da tua lei" (Salmo 119.18)
Um grande e dinâmico evangelista, que por longos anos atuou no sertão baiano, foi certa vez interceptado por um assaltante, quando viajava montado em seu animal.
Não carregava nada de grande valor em sua minúscula bagagem, senão o seu único bem material – um relógio de bolso embrulhado num pedacinho de papel que continha um impresso; era uma mensagem do Evangelho de Cristo e, já era o bastante para o ladrão que o levou.
Vários anos se passaram depois desse incidente e, então, à época das chuvas esse mesmo evangelista viajava novamente por aquelas plagas, onde acontecera o assalto. Ia, dessa feita, em companhia de um garoto. As chuvas caíam com tanta intensidade que confundia o rumo das picadas que serviam de caminho.
Assim, os dois viajantes se perderam, e só ao cair da tarde alcançaram uns casebres.
Relatando o ocorrido naquele dia chuvoso, o pregador pediu pousada e comida para os dois que estavam não só cansados, mas também famintos. O dono da casa assentiu prontamente, porém, olhava o evangelista penetrantemente, dos pés à cabeça. Fê-los desmontar, alimentou os animais e preparou as redes para acomodar os visitantes. O jantar ficou pronto e os hóspedes foram os primeiros a serem servidos.
Enquanto saboreavam a tão bem vinda alimentação, o dono da casa, dirigindo-se ao recém-chegado, disse-lhe:
- O senhor me conhece, não é? Vem de longas datas o nosso encontro...
– Sinceramente, não me recordo de havê-lo visto em qualquer época da minha vida... Não estará enganado? – foi a resposta do evangelista.
Para provar que não havia engano, o dono da casa pediu licença e saiu da mesa por um momento. Quando voltou, estendeu-lhe a mão, dizendo:
- Não se recorda de me haver visto, não é? Mas o senhor não pode negar que conhece este relógio, certo?
– Oh, sim! – acudiu o pregador.
– Dei-o a um amigo meu há vários anos!
– Não é bem assim – foi a resposta do anfitrião.
– O senhor teve de entregá-lo a um ladrão e assassino. Foi ou não foi?
Antes que o hóspede procurasse uma explicação, ele lhe mostrou o impresso que envolvia o relógio na ocasião do assalto, já quase em pedaços, pelo constante manuseio. Fazendo isto, continuou dizendo:
- Desde que li as palavras contidas neste pedacinho de papel, eu me tornei uma nova criatura. Agora sou um homem honrado e digno.
Em lágrimas, os dois se abraçaram.
A mensagem que caiu nas mãos do malfeitor transformou-lhe a vida. (Autor desconhecido)
Que grande bênção saber que a Palavra de Deus “não voltará vazia.” Ela opera reais transformações e preenche a vida indigna de tantas criaturas.
Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei. Isaias 55.11
Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti. Salmos 119:11
Por Litrazini
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