sábado, 13 de outubro de 2012

Você nunca sairá o mesmo da presença de Deus




Deus pode permitir que o "descubramos", mas nunca deixará que saiamos da presença dele inalterados. A sua glória muda e transforma os mortais. De alguma forma, nós saímos desses encontros mais harmonizados com o seu amor compassivo pe­los perdidos e feridos ao nosso redor. Em vez de nos dirigir para nós mesmos, a sua presença manifesta sempre volta os nossos olhos para os outros. Ela nos conduz além das quatro paredes de nossas salas de reuniões para buscar e salvar o perdido.

Infelizmente, a visitação de Deus raramente se transfor­ma em habitação por causa de nossa tendência humana de imediatamente tirar nosso foco de sua face e nos concentrar­mos nos "bons sentimentos" que a presença dele cria em nosso corpo e em nossa alma. Esses benefícios secundários são maravilhosos, mas devemos manter o nosso foco central em Deus, e não nos agradáveis efeitos colaterais da presença dele.

Dizemos uns aos outros: "Deus está aqui! Ele está nos visitando de novo".

Nossos cantores se regozijam e a banda acompanha o ritmo, mas ra­pidamente isso escapa de nós, pois não sabemos o que Ele está procurando. Muitos que experimentaram visitas de Deus perguntam: "Por que Ele não fica? Nós lhe imploramos que ficasse. Por que não conseguimos reter esses momentos?"

A resposta é simples: Não cons­truímos um propiciatório para conter a glória de Deus. Não há nenhum lugar onde Ele possa sentar-se! O que é confortável para você e para mim não é confortável para o kabod, o poder de Deus. Ficamos con­tentes em nos sentarmos em nossas confortáveis poltronas espirituais reclináveis o dia todo, mas o lugar de Deus, o propiciatório, é um pouco diferente. É o único lugar na Terra que pode suportar o peso de sua glória e compeli-lo a entrar e a permanecer.

Sei de muitas cidades onde a medida da glória dele fez uma visita, e um grande avivamento apareceu inesperadamen­te. Milhares de pessoas receberam a Cristo como Senhor e Salvador nessas cidades. Muitas dessas visitas começaram durante um busca interdenominacional da presença de Deus, com várias congregações e pastores trabalhando juntos e pró­ximos, com uma só mente e em harmonia. Mais tarde, quan­do a visitação começou a parecer cada vez mais com habita­ção, as diferenças interdenominacionais se transformaram em conflito e angustiaram o Espírito Santo.



Sempre que Deus o visita com um milagre, um transbordamento de seu Espírito, ou as primícias do avivamento ver­dadeiro, o inimigo virá e tentará roubar a promessa e destruir o depósito que o Senhor deu a você.

Uma mulher nos dias do profeta Eliseu descobriu esse padrão desagradável, mas sua preparação cuidadosa a fez enfrentar o ataque do inimigo de cabeça erguida. A chave é que ela deu espaço para a presença de Deus antecipadamente. O exemplo dela oferece pistas para as nossas preparações para a habitação de Deus e a tentativa do inimigo de matar ou roubar o depósito divino de Deus.

Esta mulher estava indo muito bem em termos de dinhei­ro, prestígio e importância em seus círculos sociais. A Bíblia a chama de "grande" mulher ou "notável". Sucedeu também um dia que, indo Eliseu a Suném, havia ali uma mulher notável, a qual o reteve para comer pão; e sucedeu que todas as vezes que passava por ali entrava para comer pão. (2 Reis 4:8) Ela se deu conta de que aquele homem careca de aparência estranha que pas­sava regularmente por sua casa era um profeta — talvez o único profeta que andou com poder verdadeiro nos dias dela. En­tão, na próxima vez que ela viu a Eliseu, o persuadiu a parar em sua casa e comer algo.

Depois daquela primeira visita, ela imediatamente conversou com seu ma­rido e chamou os carpinteiros e pe­dreiros e pediu algumas mobílias. Ela queria que aquelas visitas se tornas­sem em habitação, e nenhum esforço seria grande ou caro demais.

Quando o profeta apareceu de novo, ela lhe mostrou a sala que havia preparado. Ele decidiu aceitar a oferta de hospita­lidade dela. A próxima coisa que ela soube foi que aquele que havia sido tão abençoado pelas preparações dela anunciou que estava pronto a abençoá-la! (E assim que as coisas funcionam no reino de Deus, mas algumas vezes somos lentos para compreende).

Essa mulher tinha discernimento o bastante para perceber a missão consagrada e chamar a Eliseu. Ela possuía sabedoria para querer mais da santa visita, e tinha determinação o bastante para seguir com o seu plano de entreter a presença profética. Ela sabia como "descobrir" a Deus em suas promessas.

Contudo ela estava totalmente despreparada para o nível de bênçãos e contentamento indescritível que iria receber por causa de sua preparação para a visita. Eliseu disse ao seu assistente para falar com a mulher, que havia dado um espaço para o presente de Deus, para que descobrisse o que poderia fazer por ela. Ela não esta­va mais interessada nos favores de homens ou governantes; aquela mulher estéril queria somente aquilo que Deus pudesse dar a ela: um filho em sua idade avançada. Eliseu pediu que o seu assistente chamasse a mulher para dentro do aposento que havia preparado:

Então Eliseu mandou chamá-la de novo. Geazi a cha­mou, e ela veio até a porta e ele disse: "Por volta desta épo­ca, no ano que vem, você estará com um filho nos braços". Ela contestou: "Não, meu senhor. Não iludas a tua serva, ó homem de Deus!" Mas, como Eliseu lhe dissera, a mulher engravidou e, no ano seguinte, por volta daquela mesma época, deu à luz um filho.(2 Reis 4.15-17)

Extraído do livro Os Descobridores de Deus de Tommy Tenney



Por Litrazini
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