sábado, 13 de outubro de 2012

UM SALMO DE BÁLSAMO — PARA OS EQUIVOCADOS





Em ti, Senhor, me refugio; Não seja eu jamais envergonhado; Livra-me por tua justiça. Inclina-me os ouvidos, livra-me depressa; Sê o meu castelo forte, Cidadela fortíssima que me salve. Porque tu és minha Rocha e a minha Fortaleza; Por causa do teu nome, tu me conduzirás e me guiarás... Nas tuas mãos entrego o meu espírito. Salmo 31:1-3, 5

Palavras familiares? Claro, foram exatamente estas as sete últimas palavras ditas por Jesus quando agonizava no Calvário. Antes de entregar o seu espírito, ele disse a Deus: "Nas tuas mãos entrego o meu espírito." Foi o ponto mais baixo, física e emocionalmente, em toda a vida do Messi­as. Mas vamos aplicar isso aos nossos períodos de depres­são pós-erro nesta vida.

Você vai descobrir, depois das graves e penosas ramifica­ções de um erro, que só a Deus você pode entregar o seu espírito nessas ocasiões. Ninguém mais pode dar-lhe o con­solo de que precisa. Logo depois de um erro, ajoelhe-se, prostre-se diante de Deus e exponha a sua vergonha e humilha­ção.

Ninguém mais pode curar você dessa sensação de emba­raço e decepção pessoal. O velho compositor de hinos tinha razão: "Ninguém compreende como Jesus" — ninguém.

Dessa perspectiva, vamos agora examinar como Deus nos considera quando cometemos erros. Aborreces os que adoram ídolos vãos; Eu, porém, confio no Senhor. Eu me alegrarei e regozijarei na tua benignidade,Pois tens visto a minha aflição, Conheceste as angústias de minha alma. Salmo 31:6,7.

Primeiro, Deus nos vê na realidade. É muito útil e im­portante lembrar que Deus nos vê como realmente somos. Esforçamo-nos tanto às vezes para esconder toda a verda­de de outras pessoas, com medo de que não entendam. Queimamos toda sorte de energia emocional escondendo nosso verdadeiro "eu" uns dos outros.

Davi disse: "Regozijo-me porque tu és realista, Senhor, quando me vês. Conheces as minhas inclinações. Conhe­ces as minhas tendências. Conheces meu senso de pânico, meus medos. Sabes como fui criado. Sabes os maus hábi­tos que aprendi. Conheces o meu histórico. Conheces tam­bém as minhas intenções e não só minhas ações. Viste as minhas aflições."

A segunda coisa que noto a respeito de Deus é que ele nos vê inteiramente. "Tens visto a minha aflição, conheces-te as angústias de minha alma" (Salmo 31:7).

Veja bem, as aflições têm a ver com as causas externas. Os problemas com as internas. "Senhor, tu vês o mundo inteiro de aflições e sentes comigo os problemas bem lá dentro." Lembra-se da grande declaração relativa ao cora­ção compreensivo de nosso Salvador? "Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas" (Hebreus 4:15).

Há muito conforto nessas palavras! Mas você já leu os dois versos anteriores a este? O verso 13 diz que nada fica oculto aos olhos de Deus. Tudo é descoberto diante dele — e mesmo assim se compadece de nós! Isso me enche de coragem. Aflitos por fora e perturbados por dentro, apesar da nossa inclinação para o erro, ele compreende!

Vendo a nossa realidade, enxergando-nos completamen­te — como ele nos trata? "E não me entregaste nas mãos do inimigo" (Salmo 31:8).

Ele não nos rejeita? Acredito que é isso o que mais te­memos quando cometemos um erro. Se foi grave, temos especialmente medo da rejeição divina. Receamos que Deus diga: "Basta! Vá para o seu quarto! Acabou-se!". Davi, porém, disse: E não me entregaste nas mãos do inimigo; firmaste os meus pés em lugar espaçoso. Salmo 31:8

Isso não significa que ele tivesse pés grandes, mas que Deus abriu lugar para ele. O Senhor não nos força. Ele nos dá espaço.

Você já notou que quando tenta encontrar alívio, as pessoas o sufocam? Apertam a corda. Colocam limitações rigorosas sobre você. Determinam o limite de tempo ou o fazem lembrar da sua obrigação. Davi disse nesse verso: "Senhor, o teu lugar é enorme. Tu me dás espaço." 

Quero que saiba que nosso Pai celestial não está ansio­so. Ele fica sereno e calmo enquanto você está voltando a si. Sabe o que está fazendo. Isso não é um alívio? Torna muito mais fácil confiar nele. Não é de admirar que Davi tenha dito: "Quanto a mim, confio em ti, Senhor" (v. 14).


Extraído do livro PERSEVERANÇA de Charles Swindoll


Por Litrazini
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