“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” (Jeremias 17:9)
Nas Escrituras, o coração (do grego καρδια, kardia) representava o que conhecemos hoje por alma; a respeito desta, o escritor e apologista cristão C.S. Lewis escreveu:
“Você não tem uma alma; você é uma alma. Você tem um corpo.”
Segundo o sábio irlandês, não são nossas cascas baseadas em carbono que nos definem, e sim, nossos sentimentos e aspirações. Talvez seja este, nosso maior problema…
Cristo não nos achou doentes ou debilitados… Estávamos mortos! (Efésios 2:1) Apesar disto, por Sua graça redentora fomos resgatados! Ainda assim, o fantasma do velho homem nos assombra, pois nossa natureza caída tende ao hedonismo. Desejamos satisfazer os nossos ventres, aplacar nossas vontades, viver em função do prazer inconseqüente…
Os poetas já desconfiavam, todavia, a Bíblia já afirmava: O coração não é digno de confiança!
“Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.” (Mateus 15:19)
Ainda existem aqueles que se valem de sortilégios para tentar justificar sua voluptuosidade. Estes insistem no clichê anti-cristão de “seguir o coração”…
“Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples.” (Romanos 16:18)
Prefiro ser um pecador sincero (e arrependido) a ser uma quimera de “santo”. Por isso caros amigos e irmãos, falo isto sem o menor pudor: Meu coração é um poço de imundícia, um esgoto à céu aberto, o mais baixo dos meretrícios! Enfim...um vagabundo confesso!
Aos que se chocaram com minha confissão, recomendo a leitura de algumas das cartas daquele que se declarou como “o principal dos pecadores” (1 Timóteo 1:15)…
De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.
Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem.
Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.
Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.
(Romanos 7:17-20)
nEle, que nos dá meios de suportar as tentações (1Coríntios 10:13)
Juliano Fabricio
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