E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar (Atos 2.1)
Pentecostes era uma das festas de Jeová, registradas em Levítico 23. Anualmente, esta festa apontava para o tempo no qual o Espírito Santo viria ao mundo como Paracleto (Consolador).
Por séculos, a festa havia sido realizada sem nenhum sinal do cumprimento dessa promessa. Mas agora chegara o momento: Pentecostes, que era um tipo, se cumprira. Cinqüenta dias após a ressurreição do Senhor, dez dias após Sua ascensão, os discípulos foram “revestidos de poder” (Lc 24.49).
O Espírito Santo, a terceira Pessoa da Trindade, desceu para estar com eles e habitar neles (João 14.17). Não é nenhuma surpresa o fato de Deus ter predeterminado o exato momento em que tal evento deveria acontecer.
Pentecostes foi também o marco do nascimento da Igreja, o corpo de Cristo sobre a terra. Paulo deixa isso bem claro: “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo”( 1Co. 12.13).
A Igreja começou sob circunstâncias favoráveis. Os discípulos estavam “todos concordemente no mesmo lugar”. Como o fato dessa unidade não ter sido mantida deve afligir o coração do Senhor! “Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela” (Efésios 5:25).
O Senhor Jesus expressamente declarou Seu desejo quanto a isso na oração que fez em João 17: “Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós” (v. 11).
O Espírito Santo procura nos conduzir em toda a verdade. A unidade dos crentes permanece como um princípio fundamental da doutrina cristã, apesar de, na prática, se vê apenas ruína. Porém, Deus não abre mão de Seus princípios e quer mostrar essa verdade ao coração de Seus filhos!
“Se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-Lo enviarei” (João 16.7)
Pentecostes marca a vinda do Espírito Santo, cumprindo a promessa do Senhor aos Seus discípulos.
Como os discípulos iriam manter o testemunho do Senhor e Salvador após a ascensão dEle? Estavam expostos a todo tipo de mal. Mas o Senhor havia feito uma maravilhosa provisão. Ele pediu ao Pai que lhes desse “outro Consolador” para habitar com eles para sempre (João 14:16). Esse Consolador era o “Espírito da verdade” (v. 17), o qual sela cada crente verdadeiro para mostrar que este pertence ao Senhor Jesus e é também a garantia do cumprimento de todas as promessas do Salvador.
Qual é a função do Espírito aqui no mundo?
Ele está com os crentes, agindo por meio deles, e dentro deles, habitando neles e os direcionando (v. 17). Ele conduz os redimidos em toda a verdade, lhes dando entendimento da mente de Deus e da Palavra (cap. 16:13). Embora sendo uma Pessoa da Trindade, Ele não reivindica nem fama nem autoridade para Si mesmo, mas glorifica o Filho de Deus, do qual testifica continuamente (cap. 15:26; 16:13-15). Esses aspectos de Sua obra podem ser apreciados somente pelos cristãos verdadeiros.
Quanto aos não salvos, o Espírito Santo convence o mundo “do pecado, e da justiça e do juízo” (16:8-11). Ele é tipificado pela mulher que varre a casa até encontrar a moeda perdida. Da mesma maneira, o Espírito esquadrinha o mundo para ver onde existem almas que podem ser conduzidas ao Salvador.
O Espírito Santo preenche o vazio deixado pelo Senhor que ascendeu ao céu após ter realizado Sua missão aqui.
Extraído
do Devocional Boa Semente
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