“Disse Jesus: É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem!" (Lucas 17.1)
Os escândalos com líderes evangélicos causam perplexidade aos cristãos. E quanto maior a igreja, mais nefasta a repercussão contra o Evangelho de Jesus Cristo. Até parece que não dão a mínima para as consequências dos seus atos, apesar das graves advertências Bíblicas para tais escandalizadores: “Mas, qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho e se submergisse na profundeza do mar. Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!” (Mateus 19.6-7).
Os protagonistas dessa vergonha nacional são lobos vorazes infiltrados nas igrejas, vestidos com capa de pastor, bispo e apóstolo. Fizeram da arrecadação de dízimos e ofertas um comércio altamente lucrativo. Estão cada vez mais envolvidos com esquemas de corrupção e desvio de dinheiro dos fiéis, usando as igrejas como meio de enriquecimento ilícito. Cometem crime de apropriação indébita, falsidade ideológica e outros delitos. A Palavra de Deus nos alerta: "E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita" (II Pedro 2.3).
Esses homens se tornaram donos de suas denominações e tentam astuciosamente se apossar do rebanho de Deus. "E estes cães são gulosos, não se podem fartar; e eles são pastores que nada compreendem; todos eles se tornam para o seu caminho, cada um para a sua ganância, cada um por sua parte" (Isaías 56.11). Entretanto, “Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu estou contra os pastores; [...] não se apascentarão mais a si mesmos; e livrarei as minhas ovelhas da sua boca, e não lhes servirão mais de pasto” (Ezequiel 34.10).
E o esquema é o mesmo em diversas igrejas pelo mundo afora: o dinheiro arrecadado é empregado conforme a conveniência e interesse pessoal do dirigente, que simplesmente ignora a finalidade da organização religiosa prevista em estatuto. Além disso, os desvios financeiros são acobertados pela falta de transparência administrativa, bem como pela intimidação do povo para que não examine os comprovantes de despesa, embora seja direito de todo membro examiná-los. Aliás, a omissão no exercício desse direito tem concorrido diretamente para que essas ilegalidades se perpetuem, podendo alcançar situação ainda mais escandalosa, que se torne necessária a fiscalização do Estado.
A realidade é que em muitas igrejas a contabilidade não resistiria a uma auditoria séria. O resultado deixaria os fiéis escandalizados com tantos desvios de finalidade na aplicação dos recursos. Você ousaria examinar as contas de sua igreja? "E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles" (Romanos 16.17).
O grande elenco desse evangelho dos escândalos terá seu triste fim: “Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação deste mundo. Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que causa escândalo, e os que cometem iniquidade. E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes” (Mateus 13.40-42). Quanto aos servos do Senhor Jesus, “Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus" (I Coríntios 10.32). Esse é o trigo!
- Sobre o autor: Presbítero. Pregador e Ensinador das Sagradas Escrituras. Curso de Teologia pela Escola de Educação Teológica das Assembléias de Deus. Bacharel em Direito. Pós Graduado em Segurança Pública e Cidadania pela UnB. Pós Graduado em Gestão de Polícia Civil pela PCDF. Delegado da Polícia Civil do Distrito Federal. Ex-Diretor Geral do Sistema Penitenciário do Distrito Federal.
Por Adiel Teófilo
Fonte:Defesa do Evangelho
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