Foi com este título, “O Brasil decola”, que esta semana a mais importante revista de economia do mundo, a britânica The Economist, estampou em sua capa a chamada para uma matéria especial com 14 páginas, tratando das perspectivas econômicas do Brasil. Na capa da revista uma montagem faz com que o Cristo Redentor decole com um foguete espacial em plena baia da Guanabara.
Tudo começou quando Jim O'Neill, principal economista do Goldman Sachs inventou o acrônimo Bric, que em inglês significa tijolo, para denominar as economias emergentes: Brasil, Rússia, Índia e China. Naquela época, muitos países e investidores não acreditaram que o gigante sul americano merecesse fazer parte deste time. Nosso passado cheio de promessas não cumpridas não ajudou aos analistas a dar crédito ao nosso país. Apesar de um modelo político bastante comprometido pelo clientelismo e corrupção, o país avançou num acúmulo de conquistas e acertos de políticas econômicas do governo Fernando Henrique até o governo Lula, o que colocou o Brasil nos trilhos do desenvolvimento.
Atingimos um ponto de inflexão em que, só uma catástrofe poderá nos impedir de nos tornamos, nos próximos cinco anos, a quinta economia do mundo, superando Inglaterra e França, por exemplo.
Em outra matéria o Financial Times, principal jornal de economia do mundo, afirma ainda que se o Brasil é a estrela do momento, o nordeste brasileiro é o melhor lugar do país para se investir. Em sua última edição do dia 04 de novembro, a revista Exame traz matéria de capa em que analisa os números do desenvolvimento da região que, segundo o IBGE, há três anos superou o PIB da região Sul do país.
Tudo começou quando Jim O'Neill, principal economista do Goldman Sachs inventou o acrônimo Bric, que em inglês significa tijolo, para denominar as economias emergentes: Brasil, Rússia, Índia e China. Naquela época, muitos países e investidores não acreditaram que o gigante sul americano merecesse fazer parte deste time. Nosso passado cheio de promessas não cumpridas não ajudou aos analistas a dar crédito ao nosso país. Apesar de um modelo político bastante comprometido pelo clientelismo e corrupção, o país avançou num acúmulo de conquistas e acertos de políticas econômicas do governo Fernando Henrique até o governo Lula, o que colocou o Brasil nos trilhos do desenvolvimento.
Atingimos um ponto de inflexão em que, só uma catástrofe poderá nos impedir de nos tornamos, nos próximos cinco anos, a quinta economia do mundo, superando Inglaterra e França, por exemplo.
Em outra matéria o Financial Times, principal jornal de economia do mundo, afirma ainda que se o Brasil é a estrela do momento, o nordeste brasileiro é o melhor lugar do país para se investir. Em sua última edição do dia 04 de novembro, a revista Exame traz matéria de capa em que analisa os números do desenvolvimento da região que, segundo o IBGE, há três anos superou o PIB da região Sul do país.
O Brasil como quinta economia do mundo e o nordeste como a segunda região mais rica do país! Parece uma ironia, mas não é. Como brasileiros e nordestinos que somos, percebemos o quanto os números não revelam o muito que ainda há que se fazer para vencermos os limites históricos de nossas desigualdades. Mas, esses números são um alento para uma geração que passou a vida ouvindo que o Brasil era um gigante adormecido. Pois é, acreditemos ou não, o gigante acordou.
Somos uma democracia, enquanto a china não é. Não temos conflitos étnicos e religiosos como a Índia tem, e não dependemos quase que unicamente de combustíveis fósseis como a Rússia depende.
Gostaria de ressaltar alguns aspectos pouco mencionados nas matérias que se detêm mais nos aspectos puramente econômicos dos Brics. Desde que o plano Marshell resgatou parte da Europa e o Japão, no pós segunda guerra, o mundo assistiu a um crescimento significativo das economias asiáticas. Após o fim da guerra fria vimos um avanço ainda maior na balança do poder pendendo para o oriente, especialmente após o fenômeno estridente da China e a promessa da Índia.
Todavia, não nos enganemos ao imaginar que o mundo obedeça a uma ordem puramente econômica. Muitos dos conflitos históricos são reeditados hoje, por isso não há como não imaginar o quanto é alentador - e esse é um ponto de vista pessoal - para os Estados Unidos e para a Europa que o Brasil se torne uma potência global, equilibrando assim uma balança que pendia cada vez mais para o oriente.
Quando Barack Obama disse que Lula “era o cara” estava evidenciando uma mudança no tratamento que os Estados Unidos vêm dando ao Brasil e que começou no governo George W. Bush, e essa mudança de status não se dá apenas pelo nosso desempenho econômico. Existem outros motivos. Dentre os Brics o Brasil é o único país com alinhamento ideológico, cultural e religioso com Estados Unidos e Europa. Usamos um alfabeto cirílico, ao contrário dos ideogramas chineses. Falamos uma língua que vem do mesmo tronco linguístico do francês, italiano e espanhol. Temos uma herança judaico-cristã e colonização europeia, o que torna os elementos da cultura do velho continente e da América do norte semelhantes aos nossos traços culturais e por isso mesmo mais assimiláveis. E, embora pareça que no mundo da economia esses dados não tenham valor, no mundo da diplomacia internacional e do equilíbrio das forças globais esses elementos comuns ajudam muito na hora de fazer alianças estratégicas.
Esse novo Brasil pode até ser uma surpresa para o mundo, mas não é uma incógnita como a China e a Rússia.
Só pra relaxar. Um dos países do mundo onde as pessoas mais fazem terapia é a Argentina. Nosso vizinho passou por um momento histórico em que quase se transformou num país de primeiro mundo. Como resultado ficou com complexo de potência que não aconteceu, o que gerou um sentimento de superioridade em relação aos vizinhos. Com a repercussão cada vez maior do Brasil como a potência mundial, acho que nossos “hermanos” vão fazer filas nos consultórios psicológicos de Buenos Aires para superar o trauma, o que não vai adiantar muito, pois o Brasil como potência mundial, na visão dos argentinos, nem Freud explica!
Somos uma democracia, enquanto a china não é. Não temos conflitos étnicos e religiosos como a Índia tem, e não dependemos quase que unicamente de combustíveis fósseis como a Rússia depende.
Gostaria de ressaltar alguns aspectos pouco mencionados nas matérias que se detêm mais nos aspectos puramente econômicos dos Brics. Desde que o plano Marshell resgatou parte da Europa e o Japão, no pós segunda guerra, o mundo assistiu a um crescimento significativo das economias asiáticas. Após o fim da guerra fria vimos um avanço ainda maior na balança do poder pendendo para o oriente, especialmente após o fenômeno estridente da China e a promessa da Índia.
Todavia, não nos enganemos ao imaginar que o mundo obedeça a uma ordem puramente econômica. Muitos dos conflitos históricos são reeditados hoje, por isso não há como não imaginar o quanto é alentador - e esse é um ponto de vista pessoal - para os Estados Unidos e para a Europa que o Brasil se torne uma potência global, equilibrando assim uma balança que pendia cada vez mais para o oriente.
Quando Barack Obama disse que Lula “era o cara” estava evidenciando uma mudança no tratamento que os Estados Unidos vêm dando ao Brasil e que começou no governo George W. Bush, e essa mudança de status não se dá apenas pelo nosso desempenho econômico. Existem outros motivos. Dentre os Brics o Brasil é o único país com alinhamento ideológico, cultural e religioso com Estados Unidos e Europa. Usamos um alfabeto cirílico, ao contrário dos ideogramas chineses. Falamos uma língua que vem do mesmo tronco linguístico do francês, italiano e espanhol. Temos uma herança judaico-cristã e colonização europeia, o que torna os elementos da cultura do velho continente e da América do norte semelhantes aos nossos traços culturais e por isso mesmo mais assimiláveis. E, embora pareça que no mundo da economia esses dados não tenham valor, no mundo da diplomacia internacional e do equilíbrio das forças globais esses elementos comuns ajudam muito na hora de fazer alianças estratégicas.
Esse novo Brasil pode até ser uma surpresa para o mundo, mas não é uma incógnita como a China e a Rússia.
Só pra relaxar. Um dos países do mundo onde as pessoas mais fazem terapia é a Argentina. Nosso vizinho passou por um momento histórico em que quase se transformou num país de primeiro mundo. Como resultado ficou com complexo de potência que não aconteceu, o que gerou um sentimento de superioridade em relação aos vizinhos. Com a repercussão cada vez maior do Brasil como a potência mundial, acho que nossos “hermanos” vão fazer filas nos consultórios psicológicos de Buenos Aires para superar o trauma, o que não vai adiantar muito, pois o Brasil como potência mundial, na visão dos argentinos, nem Freud explica!
Juliano Fabricio via
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