terça-feira, 22 de maio de 2012

ADVERTÊNCIA DE JESUS CONTRA OS FALSOS MESTRES


“Acautelai-vos, porém, porém dos falsos profetas, que vêm até vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores...”. (Mateus 7.13-21).“Acautelai-vos que ninguém vos engane. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos” (Mt 24.4-5). “E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mt 24.11, 24). [...]

Essa advertência de Jesus sobre os falsos profetas, utilizando-se das figuras das [mãshal] ovelhas e dos lobos, não nos dá absolutamente autoridade para julgar a subjetividade de quem quer que seja, mas por outro lado, tira aquela visão simples e ingênua de quem acredita em tudo e em todos, sem o mínimo de discernimento. Se de um lado somos advertidos pelo Mestre da Galiléia a não emitir juízos temerário e definitivos sobre a individualidade de ninguém, somos informados de que o que é falso, dá noite para o dia fica exposto, não podendo esconder-se como se fosse verdadeiro. [...] Temo, profundamente, por aqueles que andam confundindo o bem com o mal, o verdadeiro com o falso, por causa do nível de semelhança que às vezes, há entre um e outro.

Mas temo também por aqueles que julgam as coisas só pela aparência, através de uma visão preconceituosa [PAULO CÉZAR LIMA. Separando o Verdadeiro do Falso, Obreiro, ano 22, nº 11, p. 85 a 90. Edtora, CPAD, Rio de Janeiro – RJ]. Na parábola do joio Jesus diz: “Enquanto os homens dormiam” No descuido dos trabalhadores o diabo veio e semeou o joio. O joio no (gr. Zizanion), é uma espécie de ervilha brava, é uma gramínea venenosa e quase não se distingue do trigo, enquanto ambas são ainda novas, mas, depois de crescidas, não se confundem mais. Quando Jesus fala do joio, refere-se aos fariseus da época, pela qual, faziam o povo errar pelas suas tradições. E ao discorrer esta parábola Ele nos mostra que o joio sempre irá existir no meio do trigo (Mt 13. 28-29). O trigo e o joio crescem juntos, mas só na colheita serão separados e tirados do meio do trigo. Jesus, não fez questão de tirar esta planta maléfica do meio do trigo.

Mas mostrou-nos que a igreja teria crentes verdadeiros e crentes falsos. Peixes bons e peixes ruins (Mt 13.47-50). Estão misturados e é difícil separá-los (Mt 13.28-30). Portanto, não devemos olhar para a aparência dos outro, mas para a nossa própria fidelidade (Gl 6.4; Fp 2.12). Desde a fundação da Igreja, há homens hipócritas no meio dela: “Ora, numa grande casa não há somente utensílios de ouro e de prata; há também de madeira e de barro.

Alguns, para honra; outros, porém, para desonra. Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra”. (2ª Tm 2.20-21). Enquanto a igreja estiver neste mundo, existirão no seu meio vaso para honra e vaso para desonra. Os vasos para honra são os crentes cujo propósito é servir ao Senhor de todo o coração, humildade santidade e fidelidade.

Enquanto que os vasos para desonra se voltarão para seguir o inimigo. Os homens poderão perguntar: “porque não lançamos fora todos os vasos maus, e mantemos somente os melhores?” Mas Jesus enfatiza em Mateus 13.24-30, que devemos deixar os dois juntos até o tempo da colheita, para que não arranquemos e percamos alguns que crerão mais tarde.

A ênfase neste versículo não está no aperfeiçoamento pessoal, mas no valor para o Mestre e para seu uso no reino de Deus. O vaso de desonra ou o joio, são aqueles que estão dentro de um contexto cristão e até conhecem a Deus, porém pregam o “outro evangelho” (Gl 1.8). O vaso de honra está dentro igreja para satisfazer, honrar e servir o Seu Senhor, pois, são santificados para o Senhor, é útil para o Senhor, são preparados para a boa obra e combater as heresias.

Cabe agora fazer uma pergunta: Que tipo de vaso você tem sido na casa de Deus? Trigo ou joio? Vaso de honra ou de desonra? Uns, serão porta de benção e outros uma muralha de tropeço. Deus conhece os que são Seus, pois Ele é Onisciente e sabe quem é trigo e quem é joio.

Aqueles que são de Deus têm o selo do Espírito, e o poder humano não tem condições de derrubar aqueles que estão selados. Os selados são aqueles que praticam a justiça, que falam segundo a verdade, são separados para Deus, fieis à doutrina Bíblica. Este selo em primeiro lugar é secreto é na alma e é invisível. Em segundo lugar deve ser visto publicamente; pelos seus atos, frutos, vida santa, pura sem mácula e sem ruga (mistura com o pecado ou coisas vãs). Os falsos mestres vêm disfarçando-se entre os filhos de Deus para disseminar suas heresias. Jesus disse que os mestres do erro apresentam-se “vestido como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores”.

Ele exortou seus discípulos dizendo que muitos viriam em Seu nome e se levantariam falsos profetas, “ministros enganadores” para corromper o Seu evangelho e enganar a humanidade. Estes estão a serviço de Satanás e, muitas vezes, dentro das igrejas cristãs. Mas com o estudo correto da Palavra de Deus podemos discernir o certo do errado.

Corromper quer dizer, adulterar, mudar, perverter. Os falsos profetas destingem-se pelas falsas doutrinas, que tão ardorosamente ensinam (Cl 2.8). As falsas doutrinas vão contra as verdades bíblicas (Jd 4) e escarnecem da Palavra de Deus (Jd 17,18), pois são oriundas de supostas revelações das mentes de seus fundadores ou líderes, mas nós temos a mente de Cristo para rejeitá-las (1ª Co 2.15-16). No Velho Testamento existia os falsos profetas que faziam o povo desviar-se dos caminhos do Senhor. Nos dias de Jesus, Ele caracteriza os fariseus e os saduceus, como falsos profetas que disfarçados de ovelhas entraram no meio do rebanho. Nos dias de Jesus, eram os fariseus e saduceus que agiam com astúcia, mas nos tempos apostólicos havia duas classes de opositores para desviar os crentes da verdade e ambos estavam disseminando suas idéias extra-bíblica. Embora não existe mais a seita dos fariseus no dias atuais, mas os seus ensinos ainda continuam no meio cristão para desmerecer o sacrifício de Cristo no Calvário. [....]

As aberrações, as discrepâncias, os absurdos que vêm proliferando no contexto cristão, sem que ninguém tome providência, têm se constituído em afronta àqueles que lutam e se esforçam pelo cumprimento da verdade, da coerência e do bom senso bíblico. É certo que não devemos ser juizes de ninguém, por outro lado, não devemos ser tolos facilmente enganados. O nosso posicionamento aqui não é dirigido a nenhuma pessoa, mas combatemos idéias que tentam manipular a fé ingênua do povo, levando-o as práticas cristãs a catástrofes. O mestre Jesus nos ensina os meios de reduzirem-se os riscos de engano. a níveis bem menores do que aqueles com os quais geralmente trabalhamos para estabelecer a diferença entre o falso e o verdadeiro. A Bíblia não nos deixa entregues às oscilações dos mares, nem entregues a um tipo de relativismo irreversível. Nisso, o ensinador bíblico exerce papel extremamente preponderante. É ele quem analisa, no exercício de sua função de homem de Deus e estudioso da Palavra, todos os objetos que são alvos da fé cristã, uma vez que aceitamos como sendo de Deus muita coisa herética e sem nenhum apoio bíblico.

Por isso o papel do ensinador comprometido com Deus e com Sua Palavra é extremamente importante, pois é o discernimento bíblico que lança luz sobre assuntos eminentes duvidosos. O critério de julgamento do ensinador bíblico coerente e justo não deve ser subjetivo.

A Bíblia deve ser rigorosamente o seu parâmetro. Por isso, e mesmo por razões de descargo de consciência, é que exponho ao leitor alguns princípios que servirão de parâmetros, dos quais não podemos nos afastar se queremos fazer interpretação bíblica com fundamento


[PAULO CÉZAR LIMA. Separando o Verdadeiro do Falso, Obreiro, ano 22, nº 11, p. 86. Edtora, CPAD, Rio de Janeiro – RJ. Cristo é a Pedra principal da Igreja e foi Ele que deu Sua vida por ela, por isso não temos o direito de apossarmos de uma coisa que não é nossa. A igreja é soberana e não os líderes espirituais.


Pr. Elias Ribas
Fonte: Teologia em Foco



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