terça-feira, 13 de março de 2012

DE VICIADO EM DROGAS A PASTOR

DE VICIADO EM DROGAS A PASTOR:
Ontem, 12 de março, começamos a publicar fatos históricos e testemunhos de gente que foi alcançada pelo trabalho desta obra, mas antes é bom lembrar que a Missão Paz e Vida® não nasceu para ser mais uma denominação com tarja evangélica, antes para ser um trabalho para e pró-eclesiástico, tanto que o primeiro nome usado pelo grupo de 6 fundadores era "Equipe Paz e Vida em Jesus", mas 3 meses depois a vista de tantas pessoas que nos procuravam para apoio e orientação sobre dependência das drogas, mais necessariamente, os familiares, a Casinha, como era conhecida, não comportava o numero de assistentes das nossas reuniões, e então em comum acordo com o jovem Cláudio Toledo, que assumiu a vice-liderança do trabalho e se tornou por imposição de mãos, o pastor Cláudio Toledo, que tão cedo (11.06.2008) foi recolhido à glória, deixando nos a saudade de um líder tão consagrado, passou-se a denominar aquele trabalho de Missão Paz e Vida®.


A Missão Paz e Vida® está hoje em decorrência das novas exigências da Lei e das Normativas estipuladas pela ANVISA (http://bit.ly/wQFExc) e em particular por um item específico (as instituições devem garantir respeito à pessoa e à família, independentemente da etnia, credo religioso, ideologia, nacionalidade, orientação sexual, antecedentes criminais ou situação financeira;), retomando o seu trabalho original que é o aconselhamento espiritual, acompanhamento com estudos bíblicos, e especialmente pelo Projeto PREVENIR atendendo crianças de 7 a 12 anos, no contra-turno escolar, totalmente gratuito, duas vezes por semana, com fornecimento de duas refeições (café da manhã e almoço), na sede da Fundação Paz e Vida que é mantida pela Missão Paz e Vida®. Trocando em miúdos e simplificando o caso ANVISA e outros setores governamentais: "hoje o Governo Federal através de técnicos, querem profissionalizar "o amor de quem tem o chamado para libertar os viciados".




Para os órgãos governamentais, centro de recuperação que não tem a equipe técnica exigida está na ilegalidade e além do mais não podem ministrar "parte espiritual", o que é de assustar por que até hoje ainda o próprio governo não sabe onde enquadrar o dependente químico, se num caso de assistência social ou na área da saúde. E quem não sabe ainda o que fazer, tenta tecnicamente impedir os que querem fazer por amor e fé.




Imagine se em 1984 a Lei fosse assim, nós não teríamos colhidos tantos frutos nesta área. Nós não teríamos como falar do primeiro fruto da obra que é o pastor Vilmar Dacampo. Vamos começar a falar dos frutos por este referencial de recuperação das drogas.




Vilmar Dacampo era conhecido como Ozzy tamanho seu envolvimento com as drogas e o rock metálico. Naquela época era pouco conhecido o heavy metal na região, mas Vilmar era um dos mais envolvidos com o alucinate ritmo. Infiltrado no mundo das drogas, tornou-se um ícone na cidade de Mogi Mirim e passou a ser chamado como já dissemos de Ozzy, (uma alusão a Ozzy Ousborne). Totalmente dependente, apesar da euforia do rock Vilmar vivia uma crise existencial tremenda, primeiro pelo uso e abuso das drogas e segundo pela sensação de vazio e vida sem sentido que experimentava.

Aficionado também em encanações apocalípticas em decorrência das músicas que versejavam sobre o fim do mundo, número da besta, a besta, e músicas que falam em anjos, luz, salvar o mundo em um tom místico, Vilmar se embrenhou cada vez mais com shows de rock pesado, sendo inclusive detido no Rock in Rio.


Vilmar antes da conversão, gesto censurado por respeito

A forma que Vilmar foi alcançado era no mínimo "suis generis" e mostra a força e poder de um folheto de evangelização. Acostumado a distribuir folhetos específicos sobre rock e drogas, entreguei um deles que versava sobre uma polêmica música Hells Bells (sinos do inferno) da banda AC-DC, para um jovem nas imediações da Rodoviária de Mogi Guaçu. O jovem dado também as drogas me disse: "valeu mano véio, eu tava na maior precisão de uma seda" (papel para enrolar maconha), valeu mesmo. Confesso que fiquei um tanto chateado no momento, mas o que eu não sabia é que Deus tinha um plano para aquele folheto.

foi o melhor que consegui, o ultimo folheto está bem velho


"Bola" era o apelido do jovem e ele apanhou o ônibus e foi para Mogi Mirim, direto no amigo de consumo, o Vilmar. Chegando lá disse: "Ozzy, achei um pastor mais louco que nós dois, olha o papel que ele me deu, vamos enrolar um fino aqui e puxar", e Vilmar pediu para ver o folheto. Leu, releu, chamou sua atenção e resolveu guardá-lo. Resolveu procurar quem distribuía este folheto, e então marcamos com ele uma reunião com os jovens da Equipe Paz e Vida para responder as suas perguntas. Glória a Deus, o peixe de alto mar mordeu a isca.


Vilmar tinha um Maverick amarelo cheguei e um cabelão de roqueiro. Veio por diversas vezes e o atendemos, mostrou-se satisfeito com as respostas, mas parece-me que já tomou um contra ataque em uma dessas vindas para Mogi Guaçu: bateu o seu precioso Maverick. Mesmo assim continuou a freqüentar as nossas reuniões. O Centro de Recuperação ainda estava em construção, e Vilmar foi tratado mesmo na base do aconselhamento, ele sempre fazia perguntas do tipo "pinga-fogo", e com amor, muita atenção ele foi cedendo até que chegou o dia em que se entregou.

Vilmar estava tão convicto do novo caminho abraçado que em 1986 participou e testemunhou na exibição do filme A cruz e o punhal no Ginásio Alexandre Augusto Camacho(o Camachão) em Mogi Guaçu, onde naquela noite um público de mais de 4.000 jovens assistiram àquele glorioso evento. A cruz e o punhal, um filme baseado no livro de mesmo nome, de autoria do saudoso Pastor David Wilkerson, tem sido inspiração para a manutenção e sequência do nosso trabalho na área de prevenção ao uso indevido das drogas.


A conversão de Vilmar foi algo inusitado na região. Todos conheciam e sabiam bem que era o "Ozzy" e agora, trocou as drogas pela Palavra de Deus. Em um memorável culto, numa igreja simples, pequena como é a Missão Paz e Vida, Vilmar se rendeu aos pés de Jesus. Não muito tempo depois, descia as águas batismais, mais um tempo por sua fidelidade discipular foi consagrado ao santo ministério da Palavra e agora se tornava o Pastor Vilmar Dacampo. O ato solene da consagração de Vilmar ao pastor foi de uma forma simples, mas de uma conotação profética abrangente.


Consagração de Vilmar ao Pastorado na Rua do Mirante


Com Vilmar um grupo de irmãos de Mogi Mirim que frequentava em Mogi Guaçu por simpatia a igreja local, a liderança da Missão Paz e Vida designou o Pastor Vilmar Dacampo para assumir a congregação de Mogi Mirim e juntos com cerca de 6 irmãos iniciaram um trabalho na rua do Mirante, num pequeno salão e daí o Senhor o fez prosperar num trabalho de grande alcance de almas. Vilmar saiu da casa da dezena para a centena, tão logo mudou se para a Rua Achiles Albano na Santa Cruz. Dali percorreu o caminho da conquista do primeiro milhar de pessoas, instalando-se agora na Rua Retirada da Laguna, no Mirante.

Vilmar consagra o vinho da 1a.Ceia em Mogi Mirim

Como escritor, publicou seu primeiro livro intitulado " A GLÓRIA DA CRUZ", ali transcreveu o seu milésimo sermão pregado em 23 de novembro de 2006, comemorando 20 anos de ministério pastoral e 40 de idade. Isto realmente pode se afirmar que era uma conquista tremenda, afinal além de manter-se firme distanciado das drogas, Vilmar casou, constitui família e estabeleceu uma igreja sólida, e com isto, sob as bênçãos do Pastor Vanelli e Pastora Sara, tornou-se o superintendente do campo missionário de Mogi Mirim, abrangendo outras cidades como Itapira, Americana, Pedreira, Santa Cruz das Palmeiras, Casa Branca, Londrina e Cianorte, daí a razão de ter se tornado Bispo Vilmar(bispo é o superintendente de uma região eclesiástica, no caso, o campo missionário de Mogi Mirim).


Capa do 1o.Livro de Vilmar

Contra capa do 1o.livro de Vilmar

Para concluir, publico aqui também o email que Vilmar me enviou com muito carinho pelo transcurso do meu aniversário dia 06.03 :

De: Vilmar Dacampo ;bispovilmar@hotmail.com;



Vilmar Dacampo, é o exemplo que recuperação de drogas só depende da abertura do coração e aceitar o processo de transformação que só Jesus Cristo dá.

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