O parlamento egípcio recém-eleito é dominado por partidos islâmicos que têm dois polêmicos projetos de lei para decidir, que fazem corar não só as pessoas de outros países e religiões, mas também o Conselho Nacional das Mulheres Egípcias, que tem se movimentado bastante para impedir sua aprovação.
O primeiro projeto de lei contestado é aquele que reduz a idade mínima de consentimento conjugal (para casamento e sexo, obviamente) para 14 anos de idade para as meninas. O segundo é ainda mais bizarro: permite ao marido ter relações sexuais com a sua esposa morta dentro do período de 6 horas após o seu óbito.
Ambos os projetos estão causando repulsa mundial, e a autorização para o - com o perdão da palavra - nojento projeto de lei que legaliza a necrofilia com prazo de validade veio à baila depois que um clérigo muçulmano do Marrocos, Zamzami Abdul Bari, disse em maio de 2011 que o casamento permanece válido mesmo depois da morte, abrindo ainda a possibilidade da mulher ter o mesmo direito necrófilo em relação ao marido morto.
Essa discussão sem sentido se dá no momento em que o país está discutindo a sua nova Constituição, o que faz com que as mulheres egípcias temam por sua sorte diante da força dos partidos islâmicos no parlamento do Egito.
Nuvens negras continuam pairando sobre o Egito, e parece que o luto pelos mortos na recente revolução popular continua ameaçando muita gente no país.
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