terça-feira, 5 de junho de 2012

Onde está nossa confiança?


“Assim diz o Senhor: Maldito é o homem que confia nos homens, que faz da humanidade mortal a sua força, mas cujo coração se afasta do Senhor.

Mas bendito é o homem cuja confiança está no Senhor, cuja confiança nele está.
Ele será como uma árvore plantada junto às águas e que estende as suas raízes para o ribeiro. Ela não temerá quando chegar o calor, porque as suas folhas estão sempre verdes; não ficará ansiosa no ano da seca nem deixará de dar fruto.” Jeremias 17.5-8 NVI.
Confiança, alguns dizem que é “a Fé que se deposita em alguém ou em alguma coisa”, outros que é “a Coragem proveniente da convicção no próprio valor ou no valor de outrem”. Bom, fato é que sobreviver, em nossa sociedade, sem algum tipo de confiança, é praticamente impossível. Sem confiança morreremos. O centro dela, da sociedade, é o homem, a humanidade e suas invenções e técnicas que, atualmente, constatamos não respondem às expectativas que sobre elas foram postas. Ainda assim, grande parte da humanidade insiste em confiar em si mesma, na força do seu próprio braço, na sua própria capacitação e formação, ou em um grupo de pessoas, empresas e instituições ou em alguma coisa criada pela própria humanidade que gere algum tipo de proteção. As próprias ideias, os próprios prazeres, a forma de vida individualizada e antropocêntrica. E assim vive a humanidade. Não que a autoconfiança seja prejudicial. A autoconfiança sem a ciência e dependência do Criador o é.
O profeta escreve sobre uma sociedade muito parecida com a nossa, o povo de Judá na época do profeta Jeremias, o homem que chorava pelo seu povo. Povo que confiava apenas em si mesmo ou em ídolos vazios que nada podiam fazer. Deus ira contra essas atitudes. E ira ainda hoje! Jeremias expressa uma advertência do Senhor ao povo, dizendo que Maldito é quem não confia no Senhor, quem depende e apoia-se em si mesmo, quem faz do seu próprio braço sua força, este será seco, solitário, não verá o bem e morrerá. Sem a convicção e confiança no divino, no sagrado a humanidade perece, seca e morre.
Mas o senhor não expressa só condenação, expressa também amor, misericórdia e compaixão dizendo que Bendito será aquele que permanece, que espera, que se apoia, que é convencido por Ele mesmo a crer, confiar, permanecer, esperar e ousar em nome do Senhor. Diz que este é forte, sempre tem suprimento sobre suas necessidades, sempre fortificado, não receia o mal e não se perturba na sequidão nem deixa de dar frutos. Este se contenta com Senhor e com seu governo. É completamente convencido por Deus de sua verdade, é ciente de quem Deus é e de tudo o que Ele fez, tem feito e fará; confia no Senhor, vive tranquilo, habita em segurança, pois sua segurança vem do alto, do Pai Eterno; é ciente do serviço que deve ser feito e de sua importância nele; e espera sim, caminhando e trabalhando por Ele e para Ele, constantemente.
De acordo com B. B. Warfield “O cristianismo não é meramente um programa de conduta; é o poder de uma nova vida”. Esse é poder do divino gerando, no humano, convicção e confiança no Criador e na sua soberania, no mais amplo significado dessa palavra.
Que Ele mesmo nos livre de confiarmos apenas em nós mesmos, em nossa formação, capacitação intelectual e em nossos bens.
Que o Senhor gere em cada um de nós confiança completa, integral n`Ele. Que a fé que recebemos seja fundamentada diariamente n`Ele. Que tenhamos coragem proveniente da convicção de quem Ele é e de quanto nos tem transformado. Ele é a vida, o sustento de tudo, a rocha segura para construir nossas vidas. E que Ele mesmo glorifique Seu próprio nome em nós e através de cada um de nós, eternamente.

“Não rejeiteis, pois, a vossa confiança, que tem grande e avultado galardão”. Hebreus 10.35

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