Esta é a breve história de um homem que queria ajudar o mundo, mas não sabia como por sua ideia em prática. 20 anos depois, o quase-perfeito sistema de distribuição da Coca-Cola e a a incrível capacidade de engajamento do Facebook permitiu que o sonho se tornasse realidade.
A história do ColaLife começou na década de 80 quando o britânico Simon Berry trabalhava na Zâmbia para o governo britânico. A ideia era simples, mas muito difícil de ser implementada: fornecer medicamentos para mães tratarem seus filhos pequenos e, assim, diminuir as altíssimas taxas de mortalidade infantil. O problema era como fazer isso em um país com infra-estrutura precária. A solução: utilizar o mais incrível sistema de distribuição que uma empresa já teve, o da Coca-Cola.
Desde pequeno eu ouço dizer que é possível beber Coca-Cola em qualquer lugar do mundo, “pode não ter água, mas Coca tem”. Simon percebeu que se aliar a uma das melhores empresas do mundo era o melhor jeito de tornar seu sonho realidade. Mas havia outro problema: como chegar à Coca-Cola sendo uma pessoa física e desconhecida? Somente 20 anos depois, Simon conseguiria isso através de outra empresa, o Facebook. Na rede social, ele conseguiu o apoio de muitas pessoas que se juntaram à causa e o levou à grande emissora BBC, daí para conseguir o apoio da Coca-Cola, UNICEF e SABMiller não foi muito difícil.
Este ano, o ColaLife entra em fase de testes na mesma Zâmbia que originou a ideia 20 anos atrás. Através sistema de distribuição da empresa, a população terão acesso aos kits chamados ADK de combate à diarréia. No entanto, fazer os kits chegarem às mães é mais difícil do que parece, parte do trajeto tem que ser via transporte local como bicicleta e ônibus sustentados por empreendedores da região. Além disso, a ColaLife trabalha direto com os pequenos varejistas que irão vender os kits em mercados e lojinhas locais, instruindo-os para que possam auxiliar as mães no uso dos medicamentos. Você pode estar pensando “vendidos?”, isso é outra coisa que faz do ColaLife um case extraordinário e por isso que trouxe ao Pequeno Guru.
Seguindo o lema de não dar o peixe, mas ensinar a pescar, Simon Berry quer atacar a fonte de todos os males africanos: a falta de recursos. Ele estima que se a taxa de mortalidade infantil cair 5%, a economia do país crescerá 1% a mais por ano na década seguinte. Outro detalhe é que os pequenos varejistas serão pagos por comercializar os kits, mais uma vez com a ajuda da tecnologia, através de um sistema via celular. Enquanto mães pagarão o preço de custo. Simon explica melhor: “Se distribuirmos gratuitamente o kit, sabotaremos as cadeias de suprimentos existentes. Não queremos isso. Queremos fortalecer a cadeia de suprimentos local baseada em microempreendedores.”
Sonho, perseverança e visão. Essas são as lições que podemos aprender com a história de Simon Berry, um homem que há muito tempo quer melhorar o mundo e só agora conseguiu, graças às mídias sociais, à eficiência de uma empresa e milhares de apoiadores no mundo todo. Às vezes, é preciso esperar até que o mundo desenvolva o suficiente para comportar nossa ideia. Às vezes, o que falta é visão para enxergar que não precisamos criar tudo sozinho porque alguém já fez, tudo que precisamos fazer é encontrar esse alguém, unir pessoas e conciliar interesses.
Se você tem um sonho que lhe persegue há tempos, considere novas abordagens. Como diz o slogan da ColaLife: construindo alianças improváveis para salvar vida de crianças. Simon tornou o improvável possível. Você também pode.
[Leia uma entrevista com Simon Berry] via
A história do ColaLife começou na década de 80 quando o britânico Simon Berry trabalhava na Zâmbia para o governo britânico. A ideia era simples, mas muito difícil de ser implementada: fornecer medicamentos para mães tratarem seus filhos pequenos e, assim, diminuir as altíssimas taxas de mortalidade infantil. O problema era como fazer isso em um país com infra-estrutura precária. A solução: utilizar o mais incrível sistema de distribuição que uma empresa já teve, o da Coca-Cola.
Desde pequeno eu ouço dizer que é possível beber Coca-Cola em qualquer lugar do mundo, “pode não ter água, mas Coca tem”. Simon percebeu que se aliar a uma das melhores empresas do mundo era o melhor jeito de tornar seu sonho realidade. Mas havia outro problema: como chegar à Coca-Cola sendo uma pessoa física e desconhecida? Somente 20 anos depois, Simon conseguiria isso através de outra empresa, o Facebook. Na rede social, ele conseguiu o apoio de muitas pessoas que se juntaram à causa e o levou à grande emissora BBC, daí para conseguir o apoio da Coca-Cola, UNICEF e SABMiller não foi muito difícil.
Este ano, o ColaLife entra em fase de testes na mesma Zâmbia que originou a ideia 20 anos atrás. Através sistema de distribuição da empresa, a população terão acesso aos kits chamados ADK de combate à diarréia. No entanto, fazer os kits chegarem às mães é mais difícil do que parece, parte do trajeto tem que ser via transporte local como bicicleta e ônibus sustentados por empreendedores da região. Além disso, a ColaLife trabalha direto com os pequenos varejistas que irão vender os kits em mercados e lojinhas locais, instruindo-os para que possam auxiliar as mães no uso dos medicamentos. Você pode estar pensando “vendidos?”, isso é outra coisa que faz do ColaLife um case extraordinário e por isso que trouxe ao Pequeno Guru.
Seguindo o lema de não dar o peixe, mas ensinar a pescar, Simon Berry quer atacar a fonte de todos os males africanos: a falta de recursos. Ele estima que se a taxa de mortalidade infantil cair 5%, a economia do país crescerá 1% a mais por ano na década seguinte. Outro detalhe é que os pequenos varejistas serão pagos por comercializar os kits, mais uma vez com a ajuda da tecnologia, através de um sistema via celular. Enquanto mães pagarão o preço de custo. Simon explica melhor: “Se distribuirmos gratuitamente o kit, sabotaremos as cadeias de suprimentos existentes. Não queremos isso. Queremos fortalecer a cadeia de suprimentos local baseada em microempreendedores.”
Sonho, perseverança e visão. Essas são as lições que podemos aprender com a história de Simon Berry, um homem que há muito tempo quer melhorar o mundo e só agora conseguiu, graças às mídias sociais, à eficiência de uma empresa e milhares de apoiadores no mundo todo. Às vezes, é preciso esperar até que o mundo desenvolva o suficiente para comportar nossa ideia. Às vezes, o que falta é visão para enxergar que não precisamos criar tudo sozinho porque alguém já fez, tudo que precisamos fazer é encontrar esse alguém, unir pessoas e conciliar interesses.
Se você tem um sonho que lhe persegue há tempos, considere novas abordagens. Como diz o slogan da ColaLife: construindo alianças improváveis para salvar vida de crianças. Simon tornou o improvável possível. Você também pode.
[Leia uma entrevista com Simon Berry] via
Nenhum comentário:
Postar um comentário