quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

PERDOAR PARA SER PERDOADO





Suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também.
Colossenses 3. 13

Falar de perdão, assim como de amor, é falar do próprio Deus; é referir-se à graça imerecida, é viver algo que o mundo não prega. Aquele que converte ao Senhor Jesus, que pretende levar a sério a vida cristã, precisa compreender bem a necessidade de perdoar ao próximo; desse ato depende toda a felicidade que uma pessoa almeja encontrar em Cristo.

Perdoar é uma das mais fortes evidências de que realmente houve um encontro com Deus, e quem não perdoa faz com que o inimigo encontre uma abertura pela qual ainda controla a vida da pessoa. O perdão pleno e incondicional é a prova de que o indivíduo saiu do império das trevas e foi transportado para o Reino do Filho do Seu amor (Cl 1. 13).


PERDOAR  PARA  SER  PERDOADO

A Bíblia é clara ao mostrar que, se queremos ser perdoados por Deus, temos que fazer o mesmo pelos nossos semelhantes. O perdão é inerente à nova vida que alcançamos em Cristo Jesus, fazendo parte da bênção que recebemos por tê-Lo residindo em nós. Soma-se a isso o fato de que é na extensaõ que perdoamos que também somos perdoados. Sem dúvida, é pelo ato de perdoar que se cumpre  a máxima na qual o Senhor afirmou que é dando que se recebe (Lc 6. 38).

E quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas. Mas, se vós não perdoardes, também vosso Pai, que está nos céus, vos não perdoará as vossas ofensas.
Marcos 11. 25 -26

Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamoos aos nossos devedores.
Mateus 6. 12


DÍVIDA  IMPAGÁVEL

Os textos destacados nos mostram que o perdão é condição fundamental para que Deus nos atenda e responda nossas orações. Não podemos esquecer que somos devedores dEle; fomos perdoados de nossa dívida original (o pecado que herdamos de Adão) e somos perdoados constantemente por nossas falhas. 
Essa é a natureza de Deus: o perdão. Portanto, se queremos andar com Ele, se queremos merecer Seus favores, precisamos tirar tudo que impede a Sua ação em nossa vida. E uma das coisas que devemos fazer para limpar o caminho é perdoar as falhas daqueles que erram contra nós. 
Somos considerados filhos de Deus por causa da Sua graça e do Seu perdão; então, como ousamos não perdoar os que nos ofendem?
Da nossa vida o Senhor Deus espera que seja dito: "Tal Pai, tal filho".

A Bíblia deixa claro que temos uma dívida que jamais poderíamos pagar. Por isso, devemos olhar constantemente para essa condição inicial em que estávamos antes de sermos resgatados pelo perdão e amor de Deus.

Por isso, o Reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com seus servos; e, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos. E, não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher, e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse. Então, aquele servo, prostando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Então, o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem dinheiros e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves. Então, o seu companheiro, prostando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Ele, porém, não quis; antes, foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, constristaram-se muito e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara. Então, o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti? E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim vos fará também meu Pai celestial, se de coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.
Mateus 18. 23-35

Dez mil talentos são, aproximadamente, vinte milhões de dólares. Uma dívida altíssima para qualquer pessoa pagar. No entanto, o felizardo que alcançou a graça de ter a dívida abonada estava a sufocar um coitado que não tinha como pagar-lhe o equivalente a cinqüenta dólares. O ponto a notar-se nesse ensinamento do Senhor é que o perdão pode ser cancelado. O devedor dos vinte milhões de dólares suplicava que o milionário (rei) fosse generoso com ele, retardando o pagamento da sua dívida. O soberano foi mais que generoso: ele perdoou toda a dívida. Mas, por não ter agido de igual modo com aquele que lhe devia, o monarca cancelou o perdão e ordenou que ele fosse colocado na prisão até que toda a sua dívida fosse paga.

Alguém pode dizer, impressionado: "Como aquele homem não perdoou após ter sido perdoado de uma dívida muito maior? Eu jamais faria isso!" Contudo, diariamente temos feito como o homem impiedoso da parábola de Jesus, pois fomos perdoados de uma dívida eterna, mas nos recusamos a perdoar as ofensas dirigidas a nós. Aquele homem, pela sua atitude impiedosa, foi condenado pelo Senhor, assim como seremos se não perdoarmos. Quem não perdoa está sob o juízo de Deus, justo Juiz, e, por isso, não pode ser abençoado.


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Em Cristo,

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