domingo, 8 de abril de 2012

PERSEGUIÇÃO RELIGIOSA: SUDÃO DETERMINA IMEDIATA RETIRADA DE CRISTÃOS DO PAÍS By @TeixeiraJussara

PERSEGUIÇÃO RELIGIOSA: SUDÃO DETERMINA IMEDIATA RETIRADA DE CRISTÃOS DO PAÍS By @TeixeiraJussara:
By @TeixeiraJussara
FONTE: CHRISTIANPOST
O presidente do Sudão, Omar al-Bashir,determinou a retirada total dos cristãos do país até o dia 9 de abril, em umaintensificação da perseguição religiosa aos grupos minoritários cristãos naregião.
O chefe de estado sudanês vem empreendendo, há décadas, perseguições acristãos e minorias religiosas em todo o país e particularmente nas fronteirascom o Sudão do Sul.
O país recebeu a emancipação em 2011, e desde então, al-Bashir decretoua sharialei da islamização absoluta – em todo território. Segundo suapolítica, o país deveria tornar-se uma nação de “uma só língua, uma só cultura e umasó religião” e os sudaneses cristãos deveriam deixar o território.
Em entrevistaao The Christian Post, o pastor Mário Freitas, presidente da Missão emApoio à Igreja Sofredora (MAIS), diretamente do Sudão, falou sobre o grandeproblema enfrentado pelos cristãos ameaçados, que é a falta de perspectiva.
De acordo comFreitas, que está no local desde 3 de abril, os líderes religiosos sudanesesestão tentando encontrar a linha emocional a seguir entre a fé e o desespero.
Na verdade,ninguém sabe como serão os próximos dias. Não sabem se os filhos poderão seguirnormalmente na escola. Não sabem se as esposas estarão em segurança nas ruas enos mercados. Não sabem como e onde estarão os irmãos de fé”, conta omissionário.
Freitasexplica que há grandes dificuldades no processo migratório, entre outrascoisas, por causa da alta nos preços do território ao sul.
Há muitos estrangeiros, funcionários deorganizações humanitárias, diplomatas e negociantes, o que também inflaciona ospreços. Se todos vão para o mesmo lugar, é natural que se gere concorrêncianaquele destino.”
Outro fatorpara a retirada é que os sudaneses cristãos possuem vínculos afetivos com oSudão. “ Os cristãos pertencem etnicamente ao sul, por serem filhos de tribosdaquela região, mas nasceram e cresceram no norte. Têm uma vida aqui emKhartoum. É aqui que seus sonhos foram gestados, aqui estudaram, aquiconheceram seus cônjuges. Não querem sair de casa porque estão em casa”,explicou. “Além disso, não seriam mais aceitos naquele território”.
Há ainda umaquestão étnica, pois os sudaneses do norte têm ascendência árabe, enquanto osdo sul têm origem nas raças tribais negras. “Estes são muçulmanos convertidosao cristianismo, o que por si só, já é um crime mortal”.
Segundo opastor Freitas, nas ruas de Khartoum, capital do Sudão, há uma tensão comrelação aos cristãos e uma intensa perseguição moral a eles, que não conseguemempregos e assim não possuem os meios para sua subsistência.
Sobre aperspectiva do dia 8, próximo domingo, Freitas explica que os pastores ecristãos locais não conseguem fazer grandes predições. “Eles não sabem o queesperar. Mas têm muita fé”, assegura. “Eles simplesmente esperam e esperam.Aguardam passivamente, mas não vão deixar sua terra”, garante.
Um dospastores locais, quando perguntado se temia a morte afirmou: “eu não tenho medode morrer. Eu já morri". Para Freitas eles “são heróis e nos encorajamdiante de nossos míseros problemas. Eles sabem que Deus lhes será por juíz”.
Genocídio de cristãos
O presidente Omar al-Bahsir já foi indiciado pelo Tribunal PenalInternacional de Haia e tem contra si três acusações de genocídio.
A violência, porém, continua. No estado de Kordofan do Sul, ainda hábombardeios aéreos, assassinatos seletivos, sequestros de crianças e outrasatrocidades contra cristãos.
Relatórios da ONU indicam que entre 53 mil e 75 mil civis inocentesforam expulsos de seus lares no território sudanês, e casas e edifícios foramincendiados.
Contato:jussara.teixeira@christianpost.com Twitter: @TeixeiraJussara

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