domingo, 1 de abril de 2012

Forçando a ordenação (3)

Forçando a ordenação (3):



OPORTUNISMO

Quantos hoje desfrutam de uma posição profissional, política, ministerial e social, onde alguém teve que sofrer para ele estar nessa posição.

Davi guardava em seu coração, a promessa feita por Deus quando ele ainda era jovem (1Sm 16:1-13), no qual seria o rei em Israel.

Vejo Davi trabalhando para Saul como um “terapeuta”, e imaginando como seria uma vida de rei, como seria tomar conta de um povo, e se administrar o mesmo seria mais complicado que ovelhas.

Enfim.

Davi como um jovem cheio planos, certamente imaginava como seria ele na posição que se encontrava Saul.

Como bem sabemos.

A história entre Davi e Saul não é das mais felizes na bíblia sagrada.

Foram longos anos de sofrimento para Davi, vivendo no deserto, caverna, fingindo-se de louco, vivendo em território inimigo, e ter que carregar no coração a dor de ser perseguido, por apenas ter feito o certo.

Mas Davi sabia que as promessas de Deus têm o seu tempo determinado, e que não precisamos usar “atalhos” para alcançarmos.

Davi está na caverna escondido do enciumado Saul que o perseguia insistentemente.

Chegando ali, Saul entrou numa dessas cavernas para aliviar-se, sem saber que Davi se encontrava assentado no fundo com seus homens.

Estes logo perceberam a oportunidade que se oferecia e concluíram que o SENHOR havia entregado o rei Saul a Davi.

Davi foi furtivamente até onde Saul estava, mas apenas cortou a orla do manto de Saul (que ele provavelmente havia tirado e colocado à parte), e voltou para onde estavam os seus homens.

A consciência de Davi ficou perturbada, pois tocar as vestes de Saul equivalia a tocar a pessoa do rei, e Davi sabia ser errado erguer a mão contra o rei ungido pelo SENHOR.

Ele declarou isso aos seus homens, e com isso conteve aos seus homens, não permitindo que fizessem mal a Saul.

Embora Saul estive sendo rebelde a Deus, Davi ainda respeitava a posição que ele ocupava como o rei ungido por Deus.

Sabia que um dia iria tomar o seu lugar, mas também que não lhe competia eliminá-lo.

Deixando Saul se retirar da caverna e prosseguir no seu caminho, Davi também saiu e gritou para Saul: "ó rei, meu senhor".

É Deus quem dá poder e autoridade aos reis e governadores deste mundo (Rm 13:1-7).

Em atitude de completa submissão, Davi declarou ao rei como teve a sua vida em suas mãos dentro da caverna, mas que o havia poupado porque era o ungido de Deus.

Mostrou-lhe a orla que havia cortado da sua capa, como prova de que não o queria mal nem era rebelde.

Declarou que deixava a justiça nas mãos do SENHOR, mas que nunca levantaria a mão contra Saul.

Manifestou surpresa por ser perseguido por Saul, sendo que era absolutamente inofensivo ao rei.

Quantos já mataram os Sauls de suas vidas.

Quantos usaram pessoas rebeldes como Saul, mas também inofensivos para chegarem onde estão.

Davi tinha aproximadamente 600 homens o incitando a aproveitar a oportunidade para matar Saul, e tornar-se rei.

Uma calúnia, um motim, uma difamação; muitos meios para destruir a posição de alguém para substituí-la.

Quantos vices maquinando algo para ser o titular.

Quantos falsos obreiros agindo como traidores, buscando uma oportunidade para assumirem posições, que ainda não lhes competem.

Davi ainda por duas vezes teve a oportunidade de usurpar o trono, mas não o fez.

Pois não era sua hora (1Sm 26:8-11 / 2Sm 1).

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