terça-feira, 10 de abril de 2012

ECUMENISMO RELIGIOSO: UMA ARMADILHA DO DIABO


FONTE: CIRO ZIBORDI

Assistiu ao vídeo acima? Agora, leia o artigo queescrevi para o jornal Mensageiro da Paz de março de 2012.
Houve um tempo em que o ecumenismo religioso eraconsiderado um grande perigo para as igrejas cristãs. Pastores verberavamcontra ele. E qualquer comunhão ecumênica entre evangélicos, católicos romanose espíritas era inimaginável. Mas os tempos mudaram. Hoje, o relacionamentoentre padres galãs e celebridades gospel é tão bom que estas até fornecem suascomposições àqueles. Certa cantora gospel, inclusive, fez uma canção dedicada aMaria. Juntos, romanistas e evangélicos participam de shows ecumênicos eprogramas de auditório. “O que nos une é muito maior do que o que nos divide”,argumentam.
O ecumenismo — gr. oikoumenikós, “aberto para omundo inteiro” — prega a tolerância à diversidade religiosa e a oposição a quemdefende uma verdade exclusiva. Trata-se de uma armadilha de Satanás, com oobjetivo de calar os pregadores da Palavra de Deus. Ele se baseia no princípio“democrático” de que cada pessoa possui a sua verdade. Mas o Senhor asseverouque não existe unidade motivada pelo amor divorciada da verdade da Palavra: “Seme amardes, guardareis os meus mandamentos. [...] Se alguém me ama, guardará aminha palavra” (Jo 14.15-24).
Causa estranheza o fato de uma parte doevangelicalismo moderno considerar o ecumenismo religioso biblicamenteaceitável. Já ouço pastores dizendo: “A doutrina bíblica divide. É o amor quenos une. A igreja deve ser inclusiva”. A despeito de o Senhor Jesus terafirmado: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (Jo 14.6), está crescendono meio evangélico a simpatia pelo movimento ecumênico. Nos Estados Unidos,pastores renomados deixaram de falar de Jesus com clareza. Pregam sobre Deus demaneira generalizante, a fim de não ofenderem romanistas, muçulmanos, budistasetc. E, no Brasil, alguns acontecimentos têm preocupado aqueles que aindapreservam a sã doutrina.
Recentemente, um conhecido pastor realizou —dentro de um templo evangélico! — um culto ecumênico juntamente com a liderançada Igreja da Unificação, do “reverendo” coreano Sun Myung Moon. “Qual é oproblema de um pastor de renome ter amizade com o líder de uma seita? Afinal,todos devem se unir pela paz mundial”, alguém poderá dizer. Não devemos, defato, odiar o “reverendo” Moon. Mas, como ter comunhão com alguém que, de modoblasfemo, desdenha do sangue derramado pelo Cordeiro de Deus, considerando-oinsuficiente para nos purificar de todo o pecado? Moon também se considera umnovo Messias que precisou vir ao mundo para concluir a obra que o Senhor nãoconseguiu realizar. Que blasfêmia! A Palavra de Deus não aprova esse tipo dealiança (2Co 6.14-18).
Outro exemplo de ecumenismo religioso é oenvolvimento de pastores com o unicismo, uma seita que diz ter a “voz daverdade” e vem tendo livre acesso, através de suas celebridades, às igrejasevangélicas. O pentecostalismo da unicidade é herético, visto que se opõe àdoutrina da Trindade, a base das principais doutrinas cristãs. Quem se opõe à tripessoalidadedivina (confundindo-a com o triteísmo) nega não apenas a teologia, mas também aprópria Bíblia (Gn 1.26 e Jo 14.23), o cristianismo (Mt 28.19 e 2Co 13.13), adeidade do Espírito Santo (Jo 14.16-17 e 16.7-10), a clara distinção entre oPai e o Filho (Jo 5.19-47 e 14.1-16) e o plano da redenção da humanidade (Jo3.16 e 17.4-5). Atentemos para a verdadeira voz da verdade, a do Bom Pastor:“As minhas ovelhas ouvem a minha voz” (Jo 10.17).
Pastores e cantores, por falta de vigilância oumovidos por interesses pessoais, estão se prendendo a jugos desiguais com osinfiéis, deixando-se enganar pelo ecumenismo religioso. A maior emissora detelevisão do Brasil — que sempre estereotipou e ridicularizou os evangélicos —descobriu que nem todos os cristãos são “extremistas” e “fanáticos”. Há umgrupo de celebridades gospel que não tem coragem de dizer clara e objetivamenteque o Senhor Jesus é o único Mediador entre Deus e os homens (1Tm 2.5 e At4.12).
Em um programa dominical, certa “pastora” resolveutripudiar sobre os seus “inimigos”, rodopiando com baianas e cantando comsambistas no ritmo das religiões afro-brasileiras. Enquanto ela dançava, aapresentadora, seus convidados e a plateia riam sem parar, numa grandecelebração. Que tipo de evangelho “agradável” e “inclusivo” é esse? Lembrei-meimediatamente do que o Senhor Jesus disse, em Mateus 5.11-12: “Bem-aventuradossois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo, disserem todo o malcontra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vossogalardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas por minha causa”.
Há poucos dias, uma conhecida cantora gospeladmitiu, de modo tácito, que o sincretismo religioso é aceitável. Ao concordarcom a seguinte frase, dita por um famoso apresentador: “O Caldeirão é umamistura de religiões”, ela respondeu: “Tem espaço pra todo mundo”. E o pior:depois, escreveu nas redes sociais que se sentiu como Paulo no Areópago... Ora,esse apóstolo não pregou a convivência ecumênica nem apresentou uma mensagemque os atenienses queriam ouvir. Ele disse o que todos precisavam ouvir. Aochegar a Atenas, “o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tãoentregue à idolatria” (At 17.16). Já a aludida celebridade, deslumbrada, estavasorridente e saltitante.
Tenho visto muitos incautos felizes pelo fato decelebridades gospel estarem aparecendo na televisão. Mas não nos iludamos, poisa porta não foi aberta para o Evangelho. O que existe, na verdade, é um projetoecumênico em andamento, o qual visa a enfraquecer a pregação de que o SenhorJesus é o único Salvador. Tais celebridades — certamente, orientadas a nãofalar claramente da salvação em Cristo — têm empregado bordõesantropocêntricos, que massageiam o ego das pessoas. Elas não têm a coragem deconfrontar o pecado. E apresentam um evangelho light, agradável, apaziguador,simpático, suave, aberto ao ecumenismo.
O que está escrito em 1Coríntios 16.9? “Porque umaporta grande e eficaz se me abriu, e há muitos adversários”. Quando Deus verdadeiramenteabre-nos a porta da pregação do Evangelho, como a abriu para o apóstolo Paulo,os adversários — Satanás, os demônios e todos os seus emissários — se voltamcontra nós. Mas a mídia está aplaudindo de pé esse “outro evangelho” aberto àconvivência ecumênica. Preguemos, pois, como Paulo, nesse mundo, que é umgrande caldeirão religioso: “Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância,anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam” (At 17.30).
Ciro Sanches Zibordi
FONTE: CIRO ZIBORDI

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